Notícias publicadas no portal Ji-Paraná News dão conta de que o vereador Welinton Fonseca, filho de Isau Fonseca, prefeito de Ji-Paraná, afastado do cargo de Presidente da câmara por 90 dias a contar do dia 02 de abril, travou uma batalha judicial para ser reconduzido ao cargo de presidente, porém, foi negado pela ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (16).
Segundo o portal de notícia, não tendo mais nada a ser feito na esfera judicial, com a impossibilidade de reverter a situação na esfera judicial, o vereador Negão e seu pai Isau Fonseca teria optado por uma estratégia proativa e articulando para adiantar o processo de cassação e afastamento aceito pela Câmara de Vereadores, desse modo, eles teriam uma movimentação coordenada para lidar com a crise de forma mais controlada.
Análise da Situação
Ao antecipar o processo de cassação, o vereador Negão e seu pai Isau estão buscando mitigar os danos à reputação e à carreira política, evitando um prolongamento do processo que poderia causar mais desgaste público e midiático.
Contudo, essa abordagem pode ser interpretada como uma tentativa de assumir as rédeas da situação e pode permitir ao vereador e seu pai planejar um retorno futuro a presidência, após um longo período de afastamento. Porém, tal atitude pode ser vista como um ato persuasivo e pode, eventualmente, caso aja uma aceitação por parte da Câmara de Vereadores, o caso sugere que houve uma negociação ($$) entre os membros do legislativo, no sentido de suavizar os conflitos e reconduzir Negão ao cargo de presidente.
Implicações
Porém, uma possível aceleração no processo de cassação e afastamento pela Câmara deve seguir todos os procedimentos legais e regimentais para garantir a legitimidade do processo e evitar contestações futuras.
Além disso, é crucial observar a maneira como a comunidade e os eleitores vão absorver essa decisão. A transparência sobre os próximos passos pode ajudar a manter a confiança pública e a evitar especulações negativas futuras.
Entretanto, essa decisão pode ter repercussões na política local. Adversários podem usar o caso para criticar o vereador, enquanto aliados podem tentar minimizar os danos e defender a honra e a integridade dos envolvidos. A longo prazo, os implicados podem precisar focar em ações que demonstrem compromisso com a ética e a responsabilidade pública para recuperar seu espaço político.
Conclusão
A articulação para adiantar o processo de cassação e afastamento mostra uma tentativa de controle de danos e gestão da crise de maneira estratégica. A aceitação pela Câmara de Vereadores facilita a implementação dessa estratégia, potencialmente permitindo ao vereador uma oportunidade para se reerguer politicamente no futuro, desde que ele consiga reconquistar a confiança pública e demonstrar um comprometimento renovado com a ética e a transparência.
Entretanto, o fato de a Câmara aceitar adiantar o processo de cassação e afastamento do vereador Negão não quer dizer que ele será reconduzido ao cargo de presidente da casa. Entretanto, existe a possibilidade de os vereadores denegarem a recondução de “Negão” ao cargo de presidente da casa.
Mesmo assim, de acordo com as opiniões, até mesmo dos poucos que ainda acreditam numa vitória triunfante, pior do que a cassação seria a constatação de que “Negão” estaria mesmo obstruindo investigações do Poder Legislativo Municipal para apurar condutas imputadas ao pai.
Por Edilson Neves*