A ex-repórter da TV Globo, Flávia Januzzi, revelou durante sua participação no podcast GeralPod, conduzido pelo jornalista Rodrigo Mandarini, que enfrentou situações de militância política durante seus 25 anos na emissora.
Flávia compartilhou que, atualmente, está mais feliz focando em projetos pessoais na internet, mesmo sem receber salário. Ela ressaltou que se dedicar a algo em que acredita traz motivação e pode levar à prosperidade, embora esse não seja seu objetivo principal no momento.
A jornalista também abordou as retaliações que sofreu na emissora após questionar certas reportagens e ser excluída de algumas pautas:
“Eu não concordava com muita coisa. É muito triste quando você passa a fazer do seu trabalho algo que você não acredita mais. Então você investiu a sua vida em um sonho, em uma proposta de vida, em um propósito, (…) mas quando você começa a ver que tudo ali tem um viés militante, opa! Tira o pé do acelerador. E aí começa quase uma sensação de demissão silenciosa. (…) Quando eu questionei, fui tirada.”
Januzzi criticou ainda a imposição de termos e nomenclaturas com viés político e distorções na construção dos textos para os repórteres:
“O que é isso, gente? Peraí, ‘terrorismo’ aqui nessa situação, opa! Isso está errado. O ‘suspeito’… Se o cara está com um fuzil na mão, ele é um ‘suspeito’? Não, peraí. Aí você começa a pensar: ‘Caramba! Eu estou no lugar errado, não estou fazendo o certo’. Então você começa a ver que está fazendo um desserviço.”
Essa revelação de Januzzi lança luz sobre as possíveis práticas de militância política na TV Globo, trazendo à tona questões sobre a imparcialidade e a ética jornalística na emissora.
Veja o vídeo: