O Rio Madeira está atualmente com menos da metade do nível registrado há um ano, uma situação que pode ter várias implicações para a região. A redução significativa no nível das águas pode ter consequências desastrosas na região, sobretudo, a crise hídrica que assola os estados da Amazônia, que pode ser ainda maior até o final do verão.
Comunidades que dependem do Rio Madeira para o abastecimento de água potável podem enfrentar escassez, afetando diretamente a qualidade de vida. Em Porto Velho, não há registro de chuva há um mês e a cidade já sofre grandes efeitos de poeira e de queimadas.
A situação do Rio Madeira destaca a importância da gestão sustentável dos recursos naturais e da adaptação às mudanças climáticas para garantir a resiliência das comunidades e dos ecossistemas dependentes desse rio vital.
Contudo, é no rio Madeira que a situação tem contornos de tragédia. De acordo com o boletim hídrico divulgado pelo Governo do Estado na segunda-feira (24), o nível do Madeira estava em 4,09 metros. Há um ano, a medição apontou mais que o dobro: 8,37 metros. Em 2022, o nível estava em 6,33 metros.
Por enquanto, o maior problema ocorre apenas no Madeira e no Guaporé, em Costa Marques. O rio da fronteira registrou 5,40 metros, enquanto no ano passado estava em 8,84 metros.
Ainda segundo o boletim, outro rio importante, o Machado, em Ji-Paraná, registrou 6,65 metros. Em 2023, o nível era de 6,98 metros.