Um motorista de aplicativo foi condenado a 10 anos de prisão por estupro e furto a uma passageira, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, e ele está preso preventivamente desde março. Ainda cabe recurso.
Segundo a decisão, publicada no último dia 19, o motorista buscou a vítima em um bar e a levou para o prédio onde ela morava. Ao chegarem no local, os dois subiram para o apartamento, onde teria ocorrido o estupro. As informações são da Folha de S. Paulo.
A vítima afirmou que estava embriagada e que acordou no apartamento sem se lembrar do que aconteceu, além de ter celular e cartão roubados. Em sua defesa, o motorista alegou que a mulher consentiu com a relação sexual.
A juíza Érica Aparecida Ribeiro Lopes e Navarro Rodrigues considerou como prova os relatos da mulher e de outras pessoas que a viram antes e depois do ocorrido. Segundo a magistrada, os depoimentos das testemunhas não corroboram com a versão do motorista e apontam que a mulher estava embriagada e sem discernimento, o que impediria a vítima de “oferecer resistência à investida libidinosa”.
A corrida foi solicitada pelo aplicativo 99. Procurada, a empresa lamentou o ocorrido. “Imediatamente após receber a denúncia do caso, a empresa prestou toda assistência à investigação das autoridades, compartilhando as informações pertinentes da viagem”, disse em nota.
“A companhia se une à indignação e repúdio à cultura do estupro que acomete o país e seguirá investindo continuamente em parcerias e tecnologias que possam apoiar uma mobilidade urbana cada vez mais segura para todas as mulheres, passageiras e motoristas”, concluiu a 99.
