Os ipês entraram em processo de floração e dão um colorido especial a diversos pontos da cidade
Ao longo da atual gestão à frente da Prefeitura de Porto Velho, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) tem distribuído, anualmente, todas as cores de ipê, sendo nos meses de novembro a março (período ideal para plantio de árvores e plantas). Essas mudas são produzidas pelos próprios servidores no viveiro municipal, localizado no Parque Natural Raimundo Paraguassu.
Os Ipês são espécies nativas da América Latina (especialmente do Brasil). As cores vão do amarelo ao branco, rosa, roxo e lilás e garantem uma linda floração nos meses de julho, agosto e setembro, em Rondônia. No entanto, a floração ocorre ao longo do ano em diferentes regiões do Brasil.
Joana Oliveira, da diretoria de Políticas Ambientais da Sema, explica que cada espécie (cor) de ipê possui características únicas de exigências de solo e nutrientes, o que faz com que existam diferentes tons. Dentre as espécies mais conhecidas, destacam-se o Ipê-Amarelo (Tabebuia serratifolia), o Ipê-Roxo (Tabebuia avellanedae), o Ipê-Rosa (Tabebuia impetiginosa) e o Ipê-Branco (Tabebuia roseoalba).
“A coloração branca, por exemplo, além de linda, também chama mais atenção de insetos e pássaros. Dessa forma, ela aumenta a circulação da fauna e equilibra o ecossistema local. Há também o sombreamento e a quebra do gás carbônico”, disse a profissional. Cada uma dessas variedades, conforme Joana, possui peculiaridades em sua morfologia, fenologia e habitat. “Em Porto Velho, predomina o Ipê-Roxo, rosa e Ipê de Jardim ou Mirim (que tem a cor amarela)”, afirma Joana.
Ipês são árvores de porte médio a grande, com copas que variam de formas globosas a piramidais. Outro aspecto relevante é a contribuição para a melhoria da qualidade do solo, a decomposição das folhas e outros resíduos vegetais dos ipês fornece nutrientes essenciais, influenciando positivamente a fertilidade do solo e beneficiando outras plantas no entorno.
Joana também destaca a importante simbologia ligada ao Ipê-Amarelo, que é frequentemente associado ao patriotismo, sendo considerado a “árvore nacional”. Ela acrescenta que a beleza dos ipês floridos chama a atenção de motoristas e pedestres que trafegam por ruas e avenidas da capital, por exemplo, pela Imigrantes e Jorge Teixeira. “A arborização tem impacto na qualidade de vida. Árvore é vida para nós, porque reduz os gases tóxicos no ar”, garante.
O desabrochar dos ipês é algo sazonal e acontece uma vez por ano, entre julho e setembro, mas, apesar da beleza, o que gera toda a floração é um processo estressante para as árvores, o chamado estresse hídrico.
“É um período de pouca chuva, pouca água, as plantas sofrem um estresse por causa disso e então florescem para que consigam formar as frutas e sementes e, dessa forma, se perpetuar no local”, disse. Logo depois de setembro, outro processo acontece, o de renovação das folhas. Toda a cor das flores vai desaparecer e a árvore vai ficar só com galhos para que no próximo ano haja o mesmo processo”, pontua Joana.
ARBORIZAÇÃO
Contando com apoio da Prefeitura, uma das ações de arborização da Sema, aconteceu em outubro de 2023, com o plantio da maior floresta urbana de Porto Velho, com 31 mil mudas, de mais de 30 espécies de árvores, incluindo algumas frutíferas e totalizando 25 hectares.
Também no ano passado, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Sema, foi parceira da campanha alusiva ao Dia da Árvore, que contou com a participação de representantes da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron), Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público Estadual.