O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) concluiu, nesta segunda-feira (12/8), a perícia inicial no local onde o avião da VoePass caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, sexta-feira (9/8). A queda da deixou 62 pessoas mortas.
O órgão, que pertence à Força Aérea Brasileira (FAB), passou o final de semana realizando a chamada “Ação Inicial”, em que são recolhidas as primeiras informações que podem explicar a causa da queda. No domingo (11/8), os dados das caixas-pretas do avião foram extraídos da área com sucesso.
Com a finalização dessa primeira fase, a FAB explicou, em nota, que as investigações seguem para a fase de análise dos dados recolhidos, “com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.
Até agora, foram levantadas três hipóteses para explicar o motivo da queda. A primeira delas é que o acidente possa ter sido causado por formação de gelo nas asas, uma hipótese sustentada pelos boletins meteorológicos do dia e pelo histórico de um acidente similar nos Estados Unidos há 30 anos.
Outra possibilidade é que o avião estava com resquícios de danos causados por um “tailstrike” — termo técnico usado na aviação para quando o avião bate com a cauda na pista — sofrido em março deste ano.
Há ainda uma terceira possibilidade de problemas no ar condicionado na aeronave, apontados por pessoas que tinham pilotado o avião, tenham prejudicado a sua refrigeração.
O relatório preliminar do acidente aéreo deverá ser divulgado em 30 dias. Segundo o Cenipa, a conclusão da investigação “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”.