Nesse mês de agosto, a Intel Corporation, uma das líderes globais na fabricação de semicondutores e microprocessadores, anunciou demissão de cerca de 15% de sua força de trabalho, o que equivale a aproximadamente 15 mil funcionários.
O movimento faz parte de um amplo esforço de reestruturação da empresa, que já resultou em um corte de R$ 60 bilhões apenas neste ano, em resposta aos desafios financeiros enfrentados pela organização.
O CEO da Intel, Pat Gelsinger, informou em uma carta que a empresa enfrenta desafios devido ao crescimento abaixo do esperado das receitas e margens de lucro reduzidas. Ele destacou a importância de ajustar a estrutura de custos ao novo modelo operacional da Intel, especialmente diante da concorrência acirrada com empresas como Nvidia e AMD.
“São notícias dolorosas para compartilhar. Sei que vai ser ainda mais difícil para vocês lerem. Esse tem sido um dia incrivelmente difícil para a Intel enquanto fazemos algumas das mudanças de maior consequência na história da empresa”, avisou o CEO.
Para minimizar o impacto nas suas equipes, a Intel oferecerá um programa de aposentadoria aprimorado aos funcionários elegíveis e abrirá um processo de demissão voluntária. Gelsinger mencionou que essas decisões foram extremamente difíceis, mas necessárias para garantir a sobrevivência da empresa.
As demissões seguem uma série de resultados financeiros decepcionantes, incluindo uma perda de US$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2024 e uma previsão de receita para o terceiro trimestre abaixo das expectativas.
Além disso, a Intel também suspenderá o pagamento de dividendos como parte de seu plano de redução de custos, o que levou a uma queda significativa no preço das ações da empresa, que despencou cerca de 39,5% após o anúncio.
Ainda não existem informações sobre o real impacto da decisão no Brasil.
Fonte: jco