A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro, em protesto contra o ministro Alexandre de Moraes e a decisão de censurar a rede social X/Twitter, foi amplamente repercutida na mídia internacional.
Diversos veículos renomados destacaram o evento, abordando tanto o volume expressivo de manifestantes quanto o cenário político acirrado no Brasil.
O jornal Al Jazeera, do mundo árabe, relatou a presença de milhares de manifestantes em São Paulo, com foco na defesa da “liberdade de expressão”, destacando as críticas ao Supremo Tribunal Federal.
A manifestação, que coincidiu com as celebrações do Dia da Independência em Brasília, lideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também teve como alvo a derrubada de Moraes, reflexo de um crescente descontentamento popular em relação ao que foi descrito como uma “escalada autoritária”.
Nos Estados Unidos, o The Washington Post descreveu o protesto como uma reação direta à suspensão do X/Twitter, observando a participação massiva de manifestantes vestidos de verde e amarelo.
O veículo ressaltou o apoio a Elon Musk presente nos cartazes e o efeito polarizador das ações de Moraes, que inclusive geraram críticas até de opositores de Bolsonaro. O jornal americano observou ainda a demonstração de força da direita brasileira em termos de mobilização, especialmente às vésperas das eleições municipais.
A agência Bloomberg avaliou o ato como parte de uma estratégia de Bolsonaro para revitalizar sua base conservadora, usando a decisão de Moraes como um estímulo à direita. A reportagem destacou o apelo do ex-presidente ao Senado, pedindo intervenção nas ações do Supremo Tribunal Federal, particularmente nas decisões de Moraes.
Outros veículos internacionais, como o OneIndia e o Jersey Evening Post, também reportaram a manifestação, ressaltando a indignação crescente no Brasil e observando que o Judiciário estaria atuando em conjunto com o governo de Lula para suprimir a oposição política. O Jersey Evening Post comparou a força da mobilização do 7 de setembro com uma manifestação anterior em fevereiro, ambas reunindo grandes multidões na Avenida Paulista.
Fonte: jco