A situação na fronteira entre Brasil e Bolívia, particularmente na região de Guajará–Mirim, em Rondônia, devido à intensa fumaça causada pelas queimadas, tem assustado os moradores.
A cidade de Guajará-Mirim, localizada na fronteira entre Brasil e Bolívia, enfrenta uma realidade preocupante devido à intensa cobertura de fumaça. Essa situação não apenas afeta a saúde dos moradores, mas também impacta a economia local, que depende fortemente do comércio transfronteiriço.
Dentre as principais causas da fumaça na região, destacam-se as queimadas ilegais e as práticas agrícolas predatórias e pastagem, sobretudo ligadas à criação de gado, que são comuns no lado brasileiro quanto no lado boliviano. A combinação do clima seco e das altas temperaturas favorece a propagação da fumaça, que se espalha rapidamente, dificultando a visibilidade e comprometendo a qualidade do ar.
Com a recorrência das queimadas no lado boliviano, a comunidade local de Guajará-Mirim tem sofrido com as consequências das queimadas, enquanto segundo informações obtidas com exclusividade em guaiara-mirim autoridades governamentais estão intensificando a fiscalização e o monitoramento das queimadas.
“Na análise do empresário boliviano Dione Martim, que mora em Santa Cruz de La Sierra e tem negócios em Guajará-Mirim, “um fogo, seja para desmatar ou para renovação de área agrícola ou pastagem, pode escapar e atingir áreas de floresta, onde árvores morrem e emitem carbono. Além disso, o equilíbrio da floresta e sua biodiversidade são afetados”.
De qualquer maneira, todas as formas são muito agressivas para a floresta, para a biodiversidade e para o clima”, disse Dione ao jornal Correio de Notícia.
Embora a fumaça tenha se tornado uma característica indesejada do lado boliviano, a união da comunidade de Guajará-Mirim com ações efetivas podem transformar essa adversidade em uma oportunidade para promover mudanças positivas na região.
Por Edilson Neves