A Nissan anunciou um corte de 9.000 postos de trabalho em sua força de trabalho global como parte de medidas emergenciais para conter prejuízos. Além disso, a montadora japonesa planeja reduzir sua capacidade de produção em 20% e cortar os orçamentos de vendas, após reportar perdas no trimestre encerrado em setembro.
A indústria automotiva enfrenta queda na demanda em mercados-chave e forte competição, especialmente no segmento de veículos elétricos, liderado por fabricantes chineses. A Nissan registrou um prejuízo de 9 bilhões de ienes (aproximadamente £45 milhões), em contraste com um lucro de 191 bilhões de ienes no mesmo período do ano anterior.
Makoto Uchida, CEO da Nissan, atribuiu parte das dificuldades ao aumento dos custos operacionais e ao excesso de estoques em concessionárias, particularmente nos Estados Unidos, onde a empresa teve de oferecer descontos agressivos. Uchida também revelou que abrirá mão de metade de seu salário mensal em resposta à crise.
Outro desafio citado é o crescimento inesperado da demanda por veículos elétricos híbridos (HEVs), especialmente nos Estados Unidos.
“Não previmos que os HEVs cresceriam tão rapidamente”, admitiu Uchida durante coletiva de imprensa.
Apesar das incertezas, a fábrica da Nissan em Sunderland, no Reino Unido, que tem capacidade para produzir até 600.000 veículos por ano, não deve ser impactada, de acordo com fontes internas. No ano fiscal até março de 2024, a Nissan vendeu 3,4 milhões de veículos, mas projeta alcançar a lucratividade com a venda de 3,5 milhões por ano.
A empresa mantém operações estratégicas no Reino Unido, incluindo um centro técnico em Bedfordshire e um escritório de design em Londres, que seguem funcionando normalmente.