O inglês Simon Heaton, 50 anos, se preocupa muito com a aparência. Há três anos, ele optou por deixar a barba crescer depois de perceber uma espinha na bochecha que nunca sarava. Recentemente, o técnico de futebol descobriu que o “pelo encravado” era, na verdade, câncer de pele.
Por meses, Simon viu a espinha crescer na bochecha esquerda, formar uma crosta, cair e voltar. Ele só procurou atendimento médico em julho de 2023, quando a mãe o incentivou a fazer um check-up. O inglês ficou surpreso quando um dermatologista sugeriu se tratar de um caso de câncer de pele do tipo carcinoma basocelular.
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum e o menos agressivo. O tumor é formado por células basais, comuns da pele, que se multiplicam de forma desordenada. Os principais sinais de alerta são aparência perolada, como se estivesse coberto de cera, sangramentos, formação de crostas e aparência de ferida que não cicatriza.
“Cinco minutos depois de consultar o clínico geral, ele me encaminhou para um dermatologista, que me examinou novamente e confirmou o diagnóstico. Não pensei que seria câncer. Foi um choque”, conta.
O tumor foi removido em uma cirurgia de uma hora realizada em 22 de outubro deste ano. Simon ficou com uma cicatriz de 7 cm na bochecha e espera os resultados de novos exames para saber se precisará de algum tratamento complementar.
Enquanto o resultado não sai, Simon tem se dedicado a contar sua história para que os amigos e outros homens prestem mais atenção a mudanças no próprio corpo.
Ele conta que era adepto do bronzeamento artificial na juventude. “Nos meus 20 anos, eu usava camas de bronzeamento artificial três vezes por semana durante seis minutos, sem usar protetor solar, porque me sentia melhor quando estava bronzeado. Nas férias de verão, assim que o sol nascia, ficava em uma espreguiçadeira até o sol se pôr. Eu usava fator 12 e depois reduzia para óleo nos últimos dias”, recorda.
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