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PF apreende quase R$ 1 bilhão de bens de grupo suspeito de comercializar créditos de carbono ilegais

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (9), Dia Internacional Contra a Corrupção, uma operação que resultou na apreensão e bloqueio de bens avaliados em quase R$ 1 bilhão. A ação desarticulou uma organização criminosa suspeita de comercializar ilegalmente créditos de carbono provenientes de áreas da União.

A investigação revelou que servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), ocupantes de cargos estratégicos, facilitaram a emissão de licenças ambientais fraudulentas, a suspensão de multas e a concessão de autorizações irregulares para desmatamento.

Essa operação, batizada de Expurgare, é a terceira fase da investigação conhecida como Greenwashing e foi realizada simultaneamente nos estados de Rondônia, Amazonas e Pernambuco. A 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus (AM) expediu os mandados de busca, apreensão e prisão preventiva.

A primeira fase da operação, em junho deste ano, revelou fraudes fundiárias que começaram no município de Lábrea (AM) e se estenderam por mais de uma década. Entre 2016 e 2018, a organização criminosa passou a reutilizar títulos de propriedade e inserir dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), com a ajuda de servidores públicos e responsáveis técnicos.

Na segunda fase, em agosto, a PF bloqueou bens dos investigados após identificá-los tentando esconder patrimônio. Os suspeitos haviam adquirido apartamentos avaliados em R$ 15 milhões e solicitado a rescisão contratual para transferir os valores a terceiros.

O que são créditos de carbono?

Créditos de carbono são instrumentos que permitem compensar emissões de gases de efeito estufa (GEE), principais responsáveis pelo aquecimento global e eventos climáticos extremos.

Empresas e países que conseguem reduzir suas emissões podem vender créditos de carbono, gerados por projetos como energia renovável, gestão de resíduos, reflorestamento e redução do desmatamento. Cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) ou a sua equivalência em outros gases que deixaram de ser emitidos.

A operação Greenwashing expõe como um mercado criado para combater as mudanças climáticas pode ser corrompido, destacando a importância de fiscalização rigorosa para evitar fraudes e proteger o meio ambiente.

Portal SGC

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