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21 de março de 2025, o dia em que Themis, a deusa da justiça, chorou

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A deusa Themis sentava ao lado de Zeus para aconselhá-lo.

Themis é deusa da justiça, da lei e da ordem. A grande protetora dos oprimidos.

Themis é frequentemente representada como uma mulher segurando uma balança e uma espada.

Exatamente como a que está localizada à frente do STF.

No dia 8 de janeiro de 2023, durante as manifestações ocorridas na praça dos três poderes, a jovem Débora, insatisfeita com os destinos políticos do país, escreveu na barriga da deusa Themis uma frase de autoria de um dos ministros do STF, Luís Roberto Barroso, hoje presidente daquela corte: “Perdeu, mané”, com batom vermelho.

Themis é uma das titãs, filha dos deuses Urano (o céu) e Gaia (a terra). Mãe das Moiras (as deusas do destino) e das Horas (as deusas das estações).

Por certo Themis não sentiu sequer cócegas com aquele batom, diante de sua divindade e sabedoria. Compreendeu a indignação vivida pela mortal Débora e como protetora dos oprimidos, deixou-a seguir, pois sabia que a encontraria mais a frente no julgamento de tal ato.

Filha do céu e da terra, mãe das horas e das estações, quis o destino que no último dia do verão o julgamento da Débora acontecesse.

Themis, todavia, não foi convidada, sequer consultada para que com sua sabedoria, imparcialidade e justiça, opinasse sobre as letras desenhadas em seu ventre.

Mortais cheios de ódio e vingança, esquecendo o verdadeiro significado da justiça, aplicaram uma pena tão dura que nem os deuses gregos suportariam e que, o caso de uma simples mortal, poderia significar a sua morte.

Foi nesse exato momento em que Themis, a deusa da justiça, chorou.

 

Por Henrique Alves da Rocha*
Henrique é Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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