Iniciativa com origem em Rondônia une ciência e tecnologia para combater a cárie dentária na Amazônia Legal
A COP 30, em Belém do Pará, será um marco histórico para a saúde pública e a odontologia brasileira. A organização Doutores da Amazônia, fundada pelo cirurgião-dentista Caio Eduardo Machado, lança oficialmente o programa “Amazônia Sem Cárie”, uma iniciativa que une ciência, tecnologia e saberes tradicionais para erradicar a cárie dentária nas populações da Amazônia Legal.
Idealizado e desenvolvido por Caio Machado e pelo professor Luiz Felipe Scabar, o programa conta com a parceria do Ministério dos Povos Indígenas, do Instituto Aya, da Dentsply Sirona e da Caviguard. Durante quatro dias de atividades na Aldeia COP, espaço que reunirá mais de 3 mil indígenas de todo o mundo, a equipe da Doutores da Amazônia aplicará o protocolo inovador com meta de 1.000 atendimentos e o tratamento de cerca de 4.000 lesões de cárie.
“Acreditamos que cuidar da saúde das pessoas é também cuidar da dignidade e da qualidade de vida. A Amazônia Sem Cárie nasce do desejo de unir ciência, tecnologia e sensibilidade humana para transformar realidades que por muito tempo foram esquecidas”, afirma Caio Eduardo Machado, fundador da Doutores da Amazônia.
Com origem em Rondônia, a Doutores da Amazônia se tornou referência nacional e internacional por levar saúde e dignidade a comunidades indígenas, ribeirinhas e populações de difícil acesso. O protocolo “Amazônia Sem Cárie” começou a ser implantado em 2024, na aldeia Roosevelt Central, junto aos povos Cinta Larga (RO), e foi ampliado em 2025, no Alto Xingu (MT). Após etapas de validação técnica e científica, o programa chega agora à COP 30 como modelo de política pública em saúde bucal.
Além do atendimento direto, o programa promove o treinamento de agentes de saúde pública e de lideranças comunitárias, multiplicando o conhecimento sobre prevenção e controle da cárie. O objetivo é fortalecer a autonomia das comunidades e consolidar uma rede permanente de educação em saúde.
