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A extrema imprensa informou que Jason Miller, dito conselheiro de  Trump, prometeu “não desistir” até que Alexandre de Moraes “esteja atrás das grades”. Mas o que os valentes jornalistas não quiseram informar é que a fala do americano veio depois de uma nota oficial publicada nos Estados Unidos (EUA) pelo CBP (Customs and Border Protection) declarando em tom incontestável que Filipe Martins jamais entrou nos EUA na data alegada pela Polícia Federal e por Alexandre de Moraes para enfiá-lo na cadeia.

Diz o CBP:

“Reconhecemos que o Ministro de Moraes citou um registro errôneo para justificar a prisão de meses do Sr. Martins. A inclusão desse registro impreciso nos sistemas oficiais do CBP permanece sob investigação, e o CBP tomará as medidas apropriadas para evitar que discrepâncias futuras ocorram. O CBP condena veementemente qualquer uso indevido dessa entrada falsa para embasar a condenação ou prisão do Sr. Martins ou de qualquer pessoa.”

Ou seja, uma imprensa chapa branca mostra Jason Miller como mero gaiato e sua fala como fanfarronice, omitindo a ligação que há entre esta e o fato de o CBP tornar público que a Polícia Federal e um ministro do STF estão (de modo doloso, culposo ou involuntário, ninguém sabe ainda), envolvidos numa fraude cuja existência já ninguém pode contestar.

Outro “pormenor” que os “ativistas comunicacionais” ignoram é que Jason Miller conhece de perto o autoritarismo do Estado brasileiro. Vindo ao país em 2021, foi tratado como suspeito, detido e interrogado por três horas na Polícia Federal por ordem de Alexandre de Moraes. Sua vinda ao Brasil foi para tomar parte na Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC). O que há de ilegal ou suspeito nisso?

Uma síntese da desfaçatez hegemônica (falo da mídia) é um canal do UOL no You Tube, que, abordando a manifestação de Jason Miller, limitou-se a conjecturar sobre o quanto ele e outros podem influenciar o presidente americano em relação ao Brasil, ignorando solenemente a notícia-bomba que deu origem à sua manifestação indignada.

Essa gente também finge ignorar que Filipe Martins puxou seis meses de cadeia sem que haja uma única prova contra si! Pior, exigiram do rapaz que provasse serem falsas as acusações da polícia. É como nos tempos da Inquisição, quando o acusado é que tinha de provar a inocência. Assim se dá a abolição de um princípio elementar do Estado de Direito: “a prova da alegação incumbirá a quem a fizer”. Ou seja, é quem acusa que tem o ônus da prova, não o acusado (art. 156 do Código de Processo Penal).

Só para constar, o âncora do canal do UOL é um tal Sakamoto, que, além de ser omisso, aproveitou para dizer que o jornalista Paulo Figueiredo e o deputado Eduardo Bolsonaro estão nos EUA “batendo bastante no Brasil” e apontou Jason Miller como um dos que têm “uma posição extremista” no governo de Donald Trump.

“Extremista”, para essa gente, é qualquer um que se posicione contra os dogmas esquerdistas: basta não ser de esquerda para levar o rótulo de extrema direita ou de fascista. É assim que a imprensa brasileira, capaz de apoiar a censura e combater a liberdade de expressão, cumpre a tarefa de forjar inimigos – inimigos que servem de pretexto para regras de exceção, medidas de exceção e, no fim, um Estado de exceção.

Foto de Renato Sant'Ana

Por Renato Sant’Ana | Advogado e psicólogo. E-mail do autor: sentinela.rs@uol.com.br*

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