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Morre aos 84 anos o cineasta Cacá Diegues

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Ele teria sido internado por procedimento simples mas teve complicações

Morreu nesta sexta-feira (14) um dos fundadores do Cinema Novo. Carlos José Fontes Diegues, o Cacá Diegues, morreu devido a complicações de uma cirurgia. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras.

“Lamentamos profundamente a morte do cineasta e Acadêmico Cacá Diegues, aos 84 anos. Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística ao abordar temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mas se manteve sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. ABL”

Cacá Diegues nasceu em Maceió em 1940. A mudança para o Rio de Janeiro aconteceu quando ele tinha apenas 6 anos.

O cineasta era imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele foi eleito em agosto de 2018 para a cadeira número 7, sucedendo a Nelson Pereira dos Santos.

Diegues é um dos líderes do movimento que ficou conhecido como Cinema Novo, juntamente com Glauber Rocha, Leon Hirszman e outros grandes nomes. Ele também realizou curtas-metragens pioneiros com David Neves e Affonso Beato.

Primeiros longas-metragens de Diegues, como “Ganga Zumba” (1964), “A Grande Cidade” (1966) e “Os Herdeiros” (1969), refletem o período do Cinema Novo. Durante o regime militar, ele viveu na Itália e na França.

Após retornar ao Brasil, dirigiu filmes como “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Joanna Francesa” (1973). “Xica da Silva” (1976) foi um de seus maiores sucessos populares, marcando a abertura política e o fim do autoritarismo.

Com o fim do regime militar, Diegues cunhou a expressão “patrulhas ideológicas”. Ele realizou filmes como “Chuvas de Verão” (1978) e “Bye Bye Brasil” (1980). Em 1981, foi membro do júri do Festival de Cannes. Em 1984, dirigiu o épico “Quilombo”.

Durante a crise do cinema brasileiro no governo de Fernando Collor de Mello, Diegues realizou filmes de transição como “Um Trem para as Estrelas” (1987) e “Dias Melhores Virão” (1989). Posteriormente, fez parcerias com a TV Cultura.

Em 2006, dirigiu “O Maior Amor do Mundo” e o documentário “Nenhum motivo explica a guerra” sobre o grupo AfroReggae. Seus filmes foram selecionados por festivais internacionais e exibidos em diversos países, tornando-o um dos cineastas brasileiros mais conhecidos mundialmente.

 

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