A Romênia mergulhou em um caos político neste domingo, 09 de março, após a Comissão Eleitoral Central barrar a candidatura do nacionalista Călin Georgescu para as eleições presidenciais de maio. A decisão, tomada sob alegações de irregularidades financeiras e vínculos extremistas, foi recebida com indignação por seus apoiadores, que tomaram as ruas em protestos inflamados contra o que consideram uma “intervenção autoritária” no processo democrático.
A rejeição da candidatura de Calin Georgescu na Romênia segue um padrão preocupante: regimes e sistemas politicamente aparelhados encontram desculpas para impedir que candidatos conservadores concorram. No caso romeno, a justificativa foi a suposta influência russa em sua campanha — uma acusação genérica e conveniente, sem provas concretas, mas suficiente para barrá-lo da disputa.
O método não é novo. No Brasil, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro foi decretada sob a alegação de que ele teria feito uma reunião com embaixadores estrangeiros — um pretexto frágil, mas eficiente para removê-lo da corrida eleitoral. Em ambos os casos, a estratégia é a mesma: impedir que lideranças que desafiam o establishment tenham sequer a chance de disputar o poder.
A decisão da Comissão Eleitoral Romena gerou protestos massivos, com o deputado George Simion denunciando que o país está sob um golpe em andamento.
Apoiadores de Călin Georgescu, revoltados com a rejeição de sua candidatura, se reuniram em frente ao edifício do Escritório Eleitoral Central em protesto contra o que chamam de um golpe contra a democracia. Em meio à crescente tensão, Horaţiu Potra, um influente aliado de Georgescu, fez um apelo incendiário, convocando seus mercenários a “saírem para lutar” nas ruas, aumentando o risco de confrontos e agravando ainda mais a instabilidade no país.
Com a democracia sob ataque disfarçado de “defesa da ordem”, a Romênia se torna o mais recente campo de batalha entre o globalismo e os movimentos nacionais que buscam recuperar sua soberania.
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Por Karina Michelin | Jornalista*
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