Substituto de Augusto Melo, o presidente interino Osmar Stabile e seus diretores se assustaram com o custo do holandês
Ninguém no Corinthians vai admitir publicamente, mas o sonho de Osmar Stabile e sua diretoria é negociar Memphis Depay o mais rápido possível. E tal decisão é anterior à falta do holandês ao treino desta quarta-feira, sem qualquer justificativa. O grande motivo é financeiro: entre salários, imagens, luvas, prêmios, regalias e impostos, o custo do atacante gira na casa dos R$ 6 milhões mensais.
“As pessoas do Corinthians que fizeram esse contrato prejudicaram demais o clube”, afirma uma fonte, criticando abertamente Fabinho Soldado, diretor-executivo de futebol e um dos responsáveis pelo acordo.
Memphis reapareceu na manhã desta quinta-feira e conversou com a diretoria antes de participar do treino. Ao longo da quarta, porém, ele ficou incomunicável – Fabinho tentou entender a ausência, mas foi ignorado.
Os vencimentos de Memphis equivalem a mais de 20% de toda a folha salarial alvinegra. Depois do holandês, o jogador mais bem pago é Yuri Alberto, que ganha R$ 1,7 milhão por mês. Ou seja, um mês de Memphis equivale a quase quatro meses do centroavante.
Antes da reunião com o camisa 10, nesta quinta-feira, Stabile e sua diretoria cogitaram aplicar uma multa de 30% nos vencimentos do jogador pela ausência no treino. A punição, porém, só será aplicada se ele não for convincente nas explicações.
Uma das especulações no Parque São Jorge era de que Memphis faltou ao treino por causa do imbróglio envolvendo sua equipe de segurança particular. O Corinthians atrasou o pagamento de duas notas fiscais à Gocil, empresa que acompanha o holandês em território brasileiro. Eram R$ 326 mil pendentes, que foram quitados nas últimas horas.
