A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro provocou uma reviravolta política que ninguém no governo esperava — e que pode se transformar no maior trunfo da direita rumo a 2026.
O episódio, encarado por milhões de brasileiros como uma injustiça escancarada, reacendeu um sentimento de mobilização e revolta que estava adormecido desde o fim de 2022.
A sede da Polícia Federal em Brasília, que rapidamente virou ponto espontâneo de vigília, expõe uma realidade incômoda para o Planalto: a narrativa do martírio devolveu energia e unidade à base conservadora.
Enquanto parte da grande mídia tenta reduzir o caso a mais um capítulo jurídico, o que acontece nos bastidores é bem diferente.
A prisão não enfraqueceu o bolsonarismo — unificou, reorganizou e reacendeu sua capacidade de impacto político. E tudo isso ocorre no mesmo momento em que o PL da Anistia volta ao centro da pauta, trancando a agenda do Congresso e aumentando ainda mais a temperatura política.
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Por Emílio Kerber Filho*
Jornalista e escritor
*Autor do livro “Por trás das grades – O diário de Anne Brasil”.
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