No final do ano, onze vereadores de Machadinho D’Oeste, acompanhados de alguns funcionários, decidiram aumentar seus ganhos. Nove deles viajaram para Porto Velho, enquanto dois optaram por ir até Colniza. Essa ação gerou discussões sobre a responsabilidade no uso dos recursos públicos e a gestão financeira, especialmente em um período de festas de fim de ano.
A atitude aconteceu num momento em que muitas pessoas questionam a transparência e a ética na administração pública.
Na cidade de Porto Velho, temos os vereadores Zé Ferreira, que é o presidente da Câmara, Fábio Toledo, Cícero, Ironeide, Jeane, Ângela Posser, Gilmar de Jesus, Daniel Veterinário e João Carlos. Além deles, há também outros vereadores como Reginaldo Batista e Irmãozão, que atualmente estão em Colniza-MT.
Os gastos públicos costumam gerar bastante discussão, principalmente quando falamos dos recursos usados em viagens de representantes eleitos. Durante essa viagem, o presidente da câmara, vereador Zé Ferreira, recebeu um total de R$ 4.765,65. Já os demais vereadores que também estão na capital receberam, cada um, R$ 3.812,48. Somando tudo, o valor total recebido pelos vereadores nessa viagem chega a R$ 35.265,49.
Além dos vereadores em Porto Velho, Reginaldo e Irmãozão estão em Colniza, ambos receberam R$ 3.431,24 cada um. Somando todos os 11 vereadores que participaram dessa atividade, o valor total gasto nesta semana chega a impressionantes R$ 42.127,97. É importante que façamos uma análise cuidadosa sobre como esses recursos estão sendo utilizados e quais benefícios realmente estão chegando à comunidade por causa dessas viagens. Isso nos leva a pensar sobre o impacto real desses gastos na administração pública e a necessidade de justificar essas despesas para a população.
Segundo as justificativas, Porto Velho é anfitrião de um evento voltado para a atualização e o aprimoramento das práticas legislativas. Os vereadores estão participando de um curso de capacitação que começou nesta terça-feira e vai até a próxima sexta-feira. De acordo com os próprios parlamentares, o objetivo principal do curso é fornecer conhecimentos e habilidades que possam ajudá-los no desempenho de suas funções públicas.
Alguns vereadores foram vistos em restaurantes sofisticados, aproveitando o que há de melhor na gastronomia de Porto Velho.
Quando os vereadores escolhem esses lugares para se reunir, eles mostram que apreciam uma gastronomia mais refinada, que inclui ingredientes típicos da região, como peixes frescos, frutas e ervas aromáticas. Com um chope bem gelado ao lado, esses momentos refletem uma fusão de prazer e cultura, evidenciando que a boa comida pode ser uma forma de se relacionar socialmente. Embora esse tipo de jantar possa ser visto como um simples lazer, ele levanta importantes questões sobre a relação dos representantes políticos com a sociedade. A presença dos vereadores em restaurantes mais sofisticados pode gerar discussões sobre responsabilidade pública e a imagem que querem passar para as pessoas.
A farra chamou atenção, especialmente por envolver dois ex-vereadores da cidade. A ex-vereadora Dvani Nunes, que também é funcionária de carreira na Câmara, e seu irmão, Devan Nunes. Ambos estão recebendo, supostamente, um valor de R$ 2.859,36 cada um. Essa quantia, aparentemente irregular, levanta questões sobre a origem e a legitimação desses pagamentos. É importante que a população saiba como essas questões podem afetar a administração pública e a confiança nas pessoas que representam a comunidade.
Estima-se que, nesta semana, os vereadores e servidores públicos estejam gastando cerca de 48 mil reais em diárias. Esse valor é usado para cobrir as despesas durante esse período.
A transparência no uso dos recursos públicos é essencial para fortalecer a nossa democracia. As pessoas têm o direito de saber exatamente como o dinheiro do povo está sendo utilizado, principalmente em momentos de orçamento mais apertado. Quando falamos em “diárias”, estamos nos referindo ao valor devolvido a servidores e vereadores para cobrir gastos com viagens, alimentação e hospedagem enquanto cumprem suas funções. No entanto, se não houver clareza sobre a real necessidade dessas despesas, isso pode gerar desconfiança na administração pública.
A pergunta que não quer calar: quais são os benefícios que esses cursos trazem para a vida da população? Este questionamento é fundamental para entender o valor do dinheiro público investido nisso.
É importante que a população de Machadinho reflita sobre o trabalho dos seus vereadores. Infelizmente, muitos cidadãos se sentem frustrados ao perceber que, enquanto eles viajam e participam de eventos, o retorno prático das suas atividades à comunidade é quase inexistente. Os gastos com viagens e eventos muitas vezes não resultam em melhorias importantes para a população.
As pessoas esperam que os políticos não só cumpram suas obrigações, mas também expliquem como o dinheiro público está sendo utilizado. No entanto, parece haver uma desconexão entre o que eles prometem e o que realmente acontece. É importante questionar: até que ponto o trabalho da câmara municipal está trazendo benefícios concretos para quem os escolheu?
Com a crescente insatisfação, surge a necessidade urgente de uma fiscalização mais rigorosa das atividades dos edis em Machadinho. A população deve ser mais ativa e exigir clareza nas contas apresentadas, assim como um planejamento que priorize o bem-estar coletivo. Somente assim será possível criar um ambiente onde o poder Legislativo cumpra seu papel de zelar pelo interesse público, e não apenas por interesses próprios.
A transparência pública é um princípio fundamental em uma sociedade democrática. No portal da transparência da câmara, os cidadãos podem acessar várias informações sobre as receitas e despesas do órgão. Os dados apresentados acima estão no portal da transparência da câmara e demonstram a necessidade de um monitoramento contínuo por parte da população.
Por Edilson Neves
