Mais um negócio de pai para filho do regime do Descondenado com os irmãos Batista
O acordo entre o governo Lula e a Eletrobras, negociado pelo “Bessias” e homologado pelo Supremo, reorganizou um passivo bilionário ligado a Angra 3. Na prática, a Eletrobras aportou cerca de R$ 2,4 bilhões, mas se livrou do risco aberto de um projeto que poderia consumir muitos bilhões adicionais ao longo dos anos.
Esse rearranjo abriu caminho para a entrada da Âmbar Energia, dos irmãos Batista, que comprou a participação da Eletrobras na Eletronuclear por cerca de R$ 535 milhões. Trata-se de um ativo que, nos balanços, estava registrado em algo próximo de R$ 8 bilhões, ainda que carregasse problemas relevantes. O ponto central é que o negócio só se tornou viável depois que o risco foi previamente “organizado” por um acordo político-jurídico.
O resultado é um desenho clássico de lucros privados e prejuízos socializados, típico das vantagens oferecidas aos amigos do rei: o governo resolve um problema institucional caro, a Eletrobras limpa o balanço, e os Batista entram em um negócio estratégico pagando pouco em dinheiro vivo e com risco drasticamente reduzido — com a conta podendo acabar no colo do governo, por meio do sócio estatal de Angra 3, a ENBPar.

Por Leandro Ruschel*
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