A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, anunciou que pretende divulgar, nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, registros de voos e “muitos nomes” ligados a Jeffrey Epstein. A revelação promete trazer novas peças para um dos escândalos mais obscuros da elite global.
Bondi tem sido pressionada por legisladores republicanos para liberar informações sobre Epstein, o criminoso sexual cuja rede de contatos incluía algumas das figuras mais poderosas do mundo.
Até agora, centenas de páginas de documentos judiciais revelaram nomes como Bill Clinton, Bill Gates, Donald Trump e o príncipe Andrew, mas muitos desses registros já eram públicos e não implicavam diretamente essas pessoas em crimes. Entre os citados, há desde vítimas e funcionários até aqueles que apenas tiveram uma conexão passageira com o escândalo.
Durante sua campanha, Trump prometeu apoiar a revelação dessa lista, ampliando o grito por transparência da opinião pública.
Em entrevista nesta quarta-feira,26 de fevereiro, Pam Bondi declarou:
“O que vocês verão, espero que amanhã, são muitos registros de voo, muitos nomes, muitas informações… Mas é muito doentio o que aquele homem fez.”
Ghislaine Maxwell, ex-socialite britânica e cúmplice de Epstein, foi condenada a 20 anos de prisão por seu envolvimento no esquema de tráfico sexual operado por Jeffrey Epstein. Filha do poderoso da mídia Robert Maxwell – morto em 5 de novembro de 1991 – usou sua influência para recrutar e explorar jovens vítimas para Epstein e sua rede de poder.
Após sua prisão em 2020, Maxwell foi considerada culpada por cinco acusações de tráfico sexual e conspiração. Atualmente, cumpre pena na prisão federal FCI Tallahassee, na Flórida, com previsão de libertação em 2037.
A tão aguardada divulgação promete chacoalhar os bastidores das elites globais de poder e reacender o debate sobre os segredos que a grande mídia insiste em proteger. E o momento não poderia ser mais simbólico: a lista de Epstein será revelada às vésperas do Oscar, um evento marcado por elites que, há anos, tentam silenciar esse escândalo.
Por Karina Michelin | Jornalista.
