O ministro André Mendonça não perdoou ninguém!
Adroaldo da Cunha Portal, até então secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, foi preso durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF). Considerado o segundo nome mais importante da pasta, ele foi alvo de mandado de prisão domiciliar e terá sua exoneração formalizada pelo governo Lula.
Com 55 anos de idade, Portal é formado em jornalismo e construiu uma trajetória de mais de duas décadas no Congresso Nacional, acumulando funções estratégicas tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. Sua atuação se concentrou, principalmente, em cargos de assessoramento político e técnico ligados ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Desde 1999, Adroaldo Portal exerceu o cargo de chefe de gabinete da Liderança da Bancada do PDT na Câmara dos Deputados, onde coordenou equipes técnicas por vários anos. Posteriormente, desempenhou função semelhante no Senado Federal, período que coincidiu com discussões centrais da última Reforma da Previdência.
Durante o governo Dilma Rousseff, Portal também integrou a estrutura do Poder Executivo. Nesse período, atuou como chefe de gabinete e secretário-executivo substituto do Ministério das Comunicações. Além disso, presidiu o Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e foi conselheiro fiscal da Telebras — Telecomunicações Brasileiras S.A.
Outro ponto de sua trajetória é a proximidade política com o senador Weverton Rocha (PDT-MA). Portal ocupou o cargo de chefe de gabinete do parlamentar, que também figura entre os alvos da fase atual da operação da Polícia Federal.
Antes de assumir o posto de secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, em maio deste ano, Adroaldo Portal havia comandado a Secretaria do Regime Geral de Previdência Social, área diretamente ligada à gestão dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A Operação Sem Desconto apura um esquema de alcance nacional envolvendo descontos associativos não autorizados aplicados a aposentadorias e pensões do INSS, prática que teria causado prejuízos significativos a beneficiários em todo o país.
Em nota, o Ministério da Previdência Social confirmou que o ministro Wolney Queiroz determinou a exoneração de Portal após a deflagração da operação. Segundo o comunicado, “O Ministério da Previdência Social e o INSS permanecerão contribuindo ativamente com as investigações e atuando para recuperar os recursos desviados por esse esquema que começou no governo anterior, mas foi interrompido neste governo”.
Com a saída de Adroaldo Portal, a função de secretário-executivo passa a ser exercida pelo procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, que até então atuava como consultor jurídico do ministério.
Com jco






