Há pouco, durante a leitura de seu voto no julgamento da suposta trama golpista, nesta quinta-feira (11), a ministra Cármen Lúcia deu um “corte” no ministro Flávio Dino, ao ser interrompida por um pedido de aparte.
A magistrada respondeu:
“Rápido, porque nós mulheres ficamos dois mil anos caladas, nós queremos ter o direito de falar”.
Na ocasião, Cármen comentava um trecho do livro “História de um crime”, de Victor Hugo, quando Dino solicitou a palavra para elogiar a referência literária. Apesar da ressalva, a ministra afirmou que concedia a intervenção, reforçando que o debate faz parte da dinâmica das sessões da Corte.
“Eu concedo, como sempre, está no Regimento do STF, o debate faz parte dos julgamentos, tenho o maior gosto em ouvir, eu sou da prosa”, declarou Cármen Lúcia.
Em resposta, Dino agradeceu pela “gentileza” e aproveitou para explicar o estilo mais conciso de seu voto.
“O ministro Gilmar Mendes, que está aqui presente, há pouco me perguntou: ‘Flávio, teu voto foi tão curto’. E eu disse:
‘É porque eu uso uma técnica chamada banco de horas. Eu faço um voto curto para fazer muito aparte’”, disse, arrancando risos dos colegas.
A troca de falas manteve o tom descontraído, com Cármen reagindo à explicação: “Mas vai descontar tudo no meu?”. Dino respondeu em tom de brincadeira: “Não, não, tem o [voto] do Zanin. Eu prometo ser breve”.
Neste momento, a votação se encaminha para a parte decisiva e final. Assista AO VIVO:
Fonte: jco*


