A reação do ex-presidente Jair Bolsonaro à notícia de que o governo de Donald Trump sancionou Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky pegou aliados de surpresa. Ao ser informado da decisão nesta quarta-feira, 30 de julho, Bolsonaro limitou-se a dizer:
“Nada a declarar”, em tom calmo e sem buscar holofotes, mesmo diante de um episódio que, nos bastidores, foi articulado com apoio direto de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A resposta contida contrastou com a expectativa de seus interlocutores, que aguardavam uma manifestação mais efusiva, especialmente após meses de campanha internacional para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e denunciar supostas violações de direitos por parte de Moraes.
A decisão dos EUA, anunciada pelo Departamento do Tesouro, acusa Moraes de liderar uma “campanha opressiva de censura” e de autorizar “prisões arbitrárias”, especialmente no contexto de investigações envolvendo Bolsonaro e a tentativa de golpe de Estado.
Como resultado, o ministro teve seus bens e eventuais ativos sob jurisdição americana congelados, além de ser proibido de entrar nos Estados Unidos.
