30 C
Porto Velho
sábado, dezembro 6, 2025
HomePolíticaForças de segurança retiram invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro

Forças de segurança retiram invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro

Date:

Notícias relacionadas

Receita alerta para falsas cobranças com nome e CPF do contribuinte

Criminosos têm utilizado nome, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)...

Motorista alcoolizado causa grave acidente e deixa vítima na capital

Um motorista com sinais de embriaguez causou um grave...

MPRO traz cúmplice de crimes brutais de volta ao sistema prisional

Cúmplice de dois crimes cruéis, Railson Ferreira da Silva...

Mulher é vítima estupro em banheiro na região central de Porto Velho

Uma mulher denunciou ter sido vítima de estupro dentro...

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deflagrou nesta quarta-feira, com o apoio do Ibama, Polícia Federal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro e secretarias municipal e estadual de assistência social, uma operação de reintegração de posse com retirada de invasores da Floresta Nacional do Bom Futuro.

A desocupação faz parte do cumprimento de uma decisão judicial, expedida em maio, que concedeu 15 dias para a saída voluntária dos ocupantes. A ação do Instituto faz parte do Plano de Desocupação Interinstitucional exigido pela Justiça Federal, que prevê o acesso a políticas públicas de assistência social para os ocupantes.

A situação é agravada por denúncias recebidas de que há comercialização de lotes e cobrança de valores para georreferenciamento de terrenos dentro da Flona.

A Floresta Nacional do Bom Futuro está localizada na Amazônia Legal e foi criada nos anos 1980 com cerca de 280 mil hectares. Em 2010, passou por uma redefinição de limites e teve sua área reduzida para cerca de 98 mil hectares. Parte da área excluída e cerca de 15 mil hectares dentro da floresta estão degradados por ocupações irregulares.

Sucesso do processo de saída voluntária

Medidas com vistas à solução pacífica da invasão antecederam a operação e, até esta terça (23), a maior parte das famílias restantes havia se retirado voluntariamente do local. Em maio, o Ministério Público Federal se reuniu com a Associação Unidos Venceremos de Rio Pardo e Região, a Aspruniv, que representa os invasores, e afirmou a não possibilidade de permanência na unidade. A reunião foi em maio, mesmo mês em que foi expedida a decisão judicial condicionada ao plano de desocupação que o ICMBio submeteu à aprovação da Justiça em agosto.

Em setembro, audiência pública realizada na Justiça Federal de Rondônia — com presença de DPU, MPF, PMRO, ICMBio, Incra, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e secretarias municipal e estadual de assistência social — permitiu aos invasores o conhecimento do Plano de Desocupação, do prazo para saída voluntária e da autorização de operação policial no caso de permanência dos invasores.

Antes disso, em dezembro de 2024, houve reunião na superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Porto Velho com a presença do ICMBio, da Defensoria Pública da União (DPU) e da Aspruniv. Na ocasião, foi informada a impossibilidade de regularização da ocupação e oferecido, como alternativa, acesso a crédito fundiário para aquisição de terra.

De acordo com a gerente regional do ICMBio para a Região Norte, Carla Lessa, o Instituto apresentou opções para uma saída pacífica da Flona do Bom Futuro. “Por mais que se trate de uma invasão de unidade de conservação federal e de grilagem de terras públicas, procuramos dar meios para os invasores se retirarem de forma digna. Articulamos com instituições parceiras medidas de assistência social, acesso a políticas públicas e entrega de cestas básicas; concedemos mais de um prazo para a saída e providenciamos um caminhão para a retirada de pertences. Agora nos resta cumprir a decisão judicial”, observa.

Após a conclusão da desocupação, o ICMBio vai implantar uma base permanente de fiscalização no local para evitar a reincidência, ação que também faz parte do Plano de Desocupação Interinstitucional. Uma área total de 15 mil hectares foi degradada, resultante do processo histórico de ocupação irregular. Sua recuperação está sendo elaborada numa parceria do ICMBio com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

da Assessoria

CONTRIBUA COM O JORNALISMO INDEPENDENTE PELO PIX: PIX: CNPJ: 08.379.006/0001-23
Siga o Jornal Correio de Notícia nas redes sociais:
https://www.facebook.com/portalcorreiodenoticia

Inscreva-se

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Últimas Notícias

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here