A tensão entre Estados Unidos e Venezuela aumentou drasticamente nos últimos dias, com movimentações militares que sugerem um possível confronto. O porta-aviões USS Gerald R. Ford e seu grupo de ataque foram deslocados para o Caribe, enquanto o destróier USS Gravely atracou em Trinidad e Tobago — a poucos quilômetros da costa venezuelana — para exercícios conjuntos.
Em resposta, o presidente Nicolás Maduro ordenou a mobilização de tropas e milícias ao longo do litoral, classificando a presença norte-americana como uma “provocação militar” e afirmando que o país está “pronto para o combate”.
Especialistas apontam que, embora uma invasão direta ainda pareça improvável, os EUA realizam uma clara demonstração de força, com objetivos que vão de pressionar Caracas a conter redes ilícitas e testar a reação regional. O cenário se agrava pelo colapso econômico venezuelano, o isolamento político do regime e o endurecimento da retórica de Washington, que passou a tratar o governo Maduro como ameaça à segurança hemisférica.
Os próximos dias devem definir se a crise seguirá por um caminho de escalada controlada — com bloqueios e ataques pontuais — ou se evoluirá para uma intervenção limitada, com forças especiais e apoio de países aliados. A América Latina observa com apreensão: uma ofensiva poderia provocar impactos humanitários, econômicos e geopolíticos, especialmente para o Brasil e a Colômbia.
A presença do porta-aviões Ford simboliza o que analistas chamam de “fase de cerco” a Caracas — um movimento que, ainda sem guerra declarada, já redesenha o equilíbrio de poder no continente.
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Por Emílio Kerber Filho | Jornalista e escritor
Emílio é Autor do livro “Por trás das grades – O diário de Anne Brasil”.
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