A possibilidade de prisão imediata do ex-presidente Jair Bolsonaro foi descartada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo após a decisão que o tornou réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo integrantes da Corte, qualquer detenção só ocorreria em caso de justificativa para uma prisão preventiva ou após o trânsito em julgado do processo, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Durante a sessão iniciada na última terça-feira (25), aliados do ex-presidente demonstraram preocupação com a hipótese de uma eventual prisão ao término do julgamento. Contudo, fontes próximas ao STF afirmaram que essa ideia não passou de especulação. A linha adotada pelos ministros foi clara: a prisão só se concretizaria diante de fatos novos ou condenação definitiva.
A defesa de Bolsonaro frisou que sua presença no Supremo não teve o intuito de pressionar os magistrados, mas sim de afastar qualquer percepção de que ele poderia tentar escapar da Justiça em caso de condenação e ordem de prisão.
De maneira reservada, alguns ministros ironizaram qualquer sugestão de intimidação. Um deles comentou, em tom sarcástico:
“Nós estamos muito intimidados, como dá para ver em nossas falas”.
Fonte: jco