Consultorias nacionais estimam que a região Centro-Sul do Brasil pode moer mais de 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na temporada 2024/25 (que inicia-se oficialmente em abril/24), e as usinas devem destinar maior quantidade de cana para a produção de açúcar.
Segundo pesquisadores do Cepea, essa prospecção se baseia nos preços relativos do adoçante e do etanol – cálculos do Cepea mostram que, em alguns momentos de 2023, o açúcar negociado no spot do estado de São Paulo chegou a remunerar 100% mais que o etanol.
Eles reforçam que, todas as dificuldades pelas quais o setor sucroenegético brasileiro vêm passando, especialmente no que diz respeito à baixa remuneração do etanol, não têm impedido iniciativas dos agentes produtivos a desenvolverem projetos e/ou implementá-los para assegurar a viabilidade de permanecer produzindo biocombustíveis.
Do governo, o setor espera alguma sinalização visando assegurar um aumento de demanda de biocombustíveis e a viabilidade de permanência da produção de etanol – uma possibilidade factível seria passar para 30% o uso do biocombustível na mistura com gasolina A, ao invés dos 27% atuais. Isso se torna importante, especialmente no momento em que a oferta de etanol de milho passa a ser representativa no mercado.