O renomado cantor Quinho do Salgueiro, famoso por suas interpretações em sambas-enredo do carnaval carioca, faleceu na última quarta-feira (3), aos 66 anos.
Conhecido pelo nome Melquisedeque Marins Marques, Quinho foi uma figura central na conquista do título campeão de 1993 pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, com o memorável samba “Peguei um Ita no Norte”, e também participou ativamente do triunfo da escola em 2009 com o enredo “Tambor”.
A Acadêmicos do Salgueiro, por meio de uma publicação em seu perfil no Instagram, expressou profundo pesar pelo falecimento de Quinho:
“Hoje o Salgueiro chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval. Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro”.
Quinho iniciou sua trajetória no mundo do samba no bloco Boi da Ilha, precursor da escola de samba União da Ilha. Posteriormente, uniu-se a Aroldo Melodia na União da Ilha do Governador, antes de se tornar, em 1985, o intérprete principal da escola.
Um dos momentos marcantes na carreira de Quinho foi a interpretação do samba “Festa Profana”, que rendeu à União da Ilha a terceira colocação no carnaval.
Quinho também marcou presença no carnaval paulista, atuando pela escola de samba Rosas de Ouro em 2000. A Rosas de Ouro prestou sua homenagem, referindo-se a Quinho como “um dos grandes puxadores de samba da história do carnaval brasileiro”.
A morte de Quinho do Salgueiro foi amplamente lamentada por artistas e admiradores do carnaval carioca, deixando um legado inesquecível de interpretações que marcaram a história do samba.