Para maior controle do trânsito de animais e vegetais, visando preservar a sanidade da agropecuária em Rondônia, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) intensificou o patrulhamento aéreo nos rios Mamoré e Guaporé, que formam parte da fronteira entre Brasil e Bolívia. A região, por ser estratégica para o transporte de gado por meio de balsas, apresenta um elevado risco sanitário.
O patrulhamento, que ocorre periodicamente com uma programação anual, visa detectar o transporte irregular de animais de produção ao longo de aproximadamente 1,4 mil quilômetros dos rios, abrangendo os municípios de Guajará-Mirim a Pimenteiras do Oeste. Essa ação é essencial para evitar a movimentação irregular de animais, mitigando os riscos de contaminação e protegendo a pecuária local.
Além dos rios, a fiscalização aérea estende-se às divisas com os estados do Mato Grosso e Amazonas. Em uma única missão, a equipe aérea pode realizar uma varredura territorial de mais de 2,5 mil quilômetros, sobrevoando não apenas os rios, mas também áreas de preservação e estradas não mapeadas, que podem servir como corredores para o trânsito ilegal de animais.
Segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar, a abrangência da fiscalização não se limita apenas aos animais. “A ação aérea é fundamental para identificar também o transporte de frutas e vegetais que podem contribuir para a disseminação de pragas de impacto econômico, como nematoides, cancro cítrico e monilíase do cacaueiro, entre outras”, explicou.
Além de coibir o transporte irregular, o serviço de fiscalização aérea permite à Idaron monitorar a presença de gado dentro de áreas não cadastradas e observar a movimentação de rebanhos em grandes fazendas. Essa abordagem é essencial para combater atividades clandestinas, principalmente em localidades isoladas.
No último período de fiscalização, em 2023, a equipe aérea da Agência cobriu uma área de 13 mil quilômetros, reforçando o compromisso com a segurança sanitária e econômica do agronegócio em Rondônia