A previsão era que o inquérito policial militar, conduzido pelo próprio Exército em sigilo, fosse concluído em 17 de dezembro.
Entretanto, a Justiça Militar autorizou, “em caráter excepcional”, a prorrogação do inquérito que investiga o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, descoberto há quase três meses pelo Comando Militar do Sudeste.
Segundo a corporação, o prazo foi prorrogado até 17 de janeiro pela Justiça Militar da União “por se tratar de um caso que demanda a produção de muitos elementos e do retorno de informações e pesquisas”.
Em três meses, 38 militares foram punidos administrativamente, com prisão disciplinar de 1 a 20 dias. Nenhum suspeito de participação no crime — civil ou militar — foi preso na Justiça comum e duas das 21 metralhadoras ainda não foram recuperadas pela polícia.
Até o momento, 19 das 21 armas foram recuperadas, 10 delas no Rio de Janeiro e nove em São Roque (SP). Duas metralhadoras ainda têm paradeiro desconhecido.
Pelo menos seis militares são investigados por participarem diretamente do desvio do quartel, entre eles soldado, cabo, sargento e tenente. Eles teriam atuado no sentido de facilitar a retirada das armas do quartel. Foram 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar aeronaves, e oito calibre 7.62, que perfuram veículos blindados.