Cenário alterado paras eleições em Porto Velho

Por Carlos Sperança*

Serviços ambientais

Usar bem o dinheiro do contribuinte é um dos grandes desafios dos poderes públicos. Com os recursos se pode construir obras úteis, mas sem visibilidade, como os encanamentos de esgotos, ou elefantes brancos apenas para ser vistosos nas inaugurações.

Como o dinheiro não escolhe para onde vai, sua administração requer sabedoria. Neste mundo louco, a corrupção, o desperdício e a incompetência consomem recursos que ao contrário de ser usados com sabedoria vão para prioridades também malucas.

Na guerra da Ucrânia, por exemplo, a despesa militar mundial subiu a US$ 2,24 trilhões em 2022, segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo. Essa mesma guerra deve ter custado à economia global US$ 2,8 trilhões em produção perdida até o fim de 2023, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A morte de 200 mil pessoas no conflito não pode ser calculada em dólares, mas seria evitada se tanto dinheiro fosse canalizado para obras úteis. Como a guerra contra a piora do clima, por exemplo. Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente supõem que o pagamento por serviços ambientais prestados pelas comunidades agroextrativistas pode ser uma estratégia eficaz para impulsionar o desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios das mudanças climáticas e do desmatamento. Melhor pensar nisso que em explodir bombas para destruir e matar.

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Cenário alterado

Num cenário com três nomes disputando o pódio para um previsível segundo turno, onde só temos duas vagas, tudo pode mudar com a escolha dos candidatos do PL e do MDB em Porto Velho. Mariana Carvalho (Progressistas), Fernando Máximo (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) tem a melhor largada, mas podem enfrentar agruras pela frente. Um dos percalços pode ser a definição do candidato do PL, que teria o apoio do ex-presidente Jair Messias e da sua esposa Michele. O nome do PL poderia virar de cabeça para baixo o atual quadro sucessório da capital rondoniense, desde que não seja o indigerível  Coronel Chrisostomo.

Candidato do MDB

Na peleja com o bolsonarismo temos o MDB, liderado pelo governador paralelo Confúcio Moura talvez, projetando um nome mais conservador, digamos com o perfil das sobras da aliança Marcos Rocha– Hildon Chaves. Na escolha governista recaindo sobre Mariana, sobram nomes de alta densidade como Fernando Máximo, Cristiane Lopes e Leo Moraes. Qualquer um deles, com as bênçãos bolsonaristas na capital, se torna um nome temível e com força para entrar no segundo turno. Neste caso a candidata chapa branca Mariana seria a maior prejudicada.

Aliança definida

No entanto, dificilmente o MDB vai recorrer a esta estratégia de lançar um nome mais conservador. Ocorre que o próprio presidente Lula desenha uma aliança nas capitais, e no caso de Porto Velho, o quadro rabiscado é com o MDB/PT liderando uma coalizão de centro-esquerda. Nomes competitivos, nem MDB, tampouco o PT, contam para a peleja. No entanto outros partidos estão sendo atraídos para a disputa. Por enquanto o PT tem a ex-senadora Fatima Cleide como um nome para compor e o MDB o ex-deputado estadual Willians Pimentel para negociar.

Entrando no páreo

E também se constata uma nova alternativa na disputa do Prédio do Relógio, sendo costurada. Trata-se do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (Patriotas). É bolsonarista e pode ser até uma boa alternativa para o PL, que ainda não tem candidato definido para disputar a sucessão do prefeito Hildon Chaves. Desembarca nas convenções de junho com o respaldo de vários deputados estaduais, de prefeitos importantes no interior e com expressiva referência conservadora, já que tem grande apoio do meio evangélico em todo estado. É um nome em ascensão, já está no trecho e tem recentes sondagens de outros partidos.

Asas crescidas

O deputado estadual Laerte Gomes (PSD), que foi o recordista de votos para a Assembleia Legislativa do estado no pleito de 2022, está de asas crescidas e já se articula para disputar uma cadeira à Câmara dos Deputados em 2026. Bem articulado, com uma baita lábia populista ele tem fortes bases na região central e tem espichado seus redutos para Porto Velho, região do Café e Vale do Jamari. Páreo duro para os atuais federais que tiveram votação mixuruca em 2022, como Lebrão e Mauricio e um osso difícil de roer para a deputada federal Silvia Cristina (PL), num confronto direto na região central.

Via Direta

*** O Senado estuda variantes para a saidinha dos presidiários em datas comemorativas e os analises estão em andamentos no Congresso Nacional*** Projeto vetando as saidinhas já foi aprovado na Câmara dos Deputados no ano passado *** O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves está entusiasmado com sua administração e acredita que sua popularidade pode chegar a 90 por cento até o final do seu mandato *** Os adversários dizem que nem Jesus Cristo teve tamanha aceitação e nem teria nos dias de hoje, ainda mais numa cidade  tão dividida como Porto Velho, onde até inauguração de WC público dá confusão ***Hildão terá condições de provar nas urnas aos oposicionistas de pouca fé.  

*As opiniões expressas neste artigo é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Correio de Notícia não tem responsabilidade legal pela “OPINIÃO” que é exclusiva do autor.

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