Na volta à cena do crime, estatais tem rombo bilionário

Depois de tudo o que foi descoberto na Operação Lava Jato, jamais poderia se imaginar que esses prejuízos bilionários fossem voltar a ocorrer.

As estatais registraram deficit no resultado primário do setor público consolidado de R$ 2,3 bilhões em 2023. Esse foi o pior desempenho nas contas das companhias desde 2015, ou seja, em 8 anos. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta quarta-feira (7).

A última vez que as contas das empresas ficaram no vermelho foi em 2016, quando o deficit totalizou R$ 1 bilhão. O setor público consolidado é formado por governo central, Estados, municípios e estatais.

Dados do Banco Central mostram que R$ 1,3 bilhão, ou mais da metade do deficit do ano passado, corresponde às estatais federais. Apesar disso, as estatais federais – que tiveram um rombo de próximo de R$ 656 milhões em 2023 – foram as responsáveis pela maior diferença de valor em relação ao ano anterior.

Em 2022, as estatais da União tiveram superavit de R$ 4,8 bilhões. A discrepância para 2023 é de R$ 5,4 bilhões. O valor é maior que para as empresas estaduais (R$ 2,7 bilhões de diferença).

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta quarta-feira (7) que as estatais pioraram os resultados nos 3 níveis de governo (federal, estadual e municipal). De forma ampla, sem especificar casos ou unidades da Federação, ele afirmou que as empresas precisaram de mais “aportes governamentais” e “não geraram as receitas necessárias para executar suas atividades”.

Ao considerar todas as estatais, a diferença no resultado primário foi de R$ 8,4 bilhões para 2022. Passou de um superavit de R$ 6,1 bilhões em 2022 para um deficit de R$ 2,3 bilhões em 2023.

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