O senador Esperidião Amin (PP-SC), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (6), demonstrou descontentamento com a “falta de resposta” ao requerimento da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) enviado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), à Controladoria-Geral da União (CGU), à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o senador, o documento solicitou informações da Operação Última Milha da Polícia Federal, que investiga o suposto uso da Abin no rastreamento irregular de celulares. Ele explicou que foram requeridas informações dos registros de todos os alvos do software First Mile, mas as respostas recebidas foram insatisfatórias.
“A Polícia Federal respondeu no dia 30 de outubro, cinco dias depois:
‘não podemos porque estamos em investigação, mas daqui a alguns dias, nós teremos um relatório parcial.’
Não preciso dizer que não recebemos relatório parcial nenhum. O que foi que disse a Abin? A Abin disse: “olha, foi feita uma correição sobre a sindicância que nós fizemos, e está tudo com a CGU”, que não faz parte do Sistema Brasileiro de Inteligência, como o senhor sabe [reportando-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco]”, enfatizou.
Segundo o parlamentar, a CGU informou que aguarda a resposta do STF sobre o Inquérito nº 4.781, que trata de fake news, e só depois poderá enviar as informações demandadas pela CCAI. O parlamentar destacou a importância de defender as pessoas que foram alvo das ações e fez um apelo para que Pacheco inclua na lista também cidadãos comuns.
“Eu não quero saber dos parlamentares; estes têm que se defender mesmo e têm que se mexer para se defender. Agora, o cidadão que não tem mandato e que foi alvo disso, é este que eu quero defender, e é em nome deste que eu trago à tribuna esta advertência e este pedido que, casualmente, talvez sem merecer, eu espero que mereça sua atenção”, concluiu.