Karen de Moura Tanaka Moris, conhecida como ‘Japa do crime’, foi detida pela Polícia Civil sob suspeita de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, em favor de uma facção criminosa atuante na Baixada Santista, litoral de São Paulo.
Segundo informações, ela era casada com Wagner Ferreira da Silva, o ‘Cabelo Duro’, um perigoso líder da facção que foi morto em 2018.
A captura de Karen foi revelada em uma coletiva de imprensa, anunciada pelo secretário de segurança pública do estado, Guilherme Derrite, e pelo delegado geral de São Paulo, Artur José Dian, em Santos (SP), no Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6).
As investigações, que começaram em junho de 2023, apontaram ‘Japa’ como peça chave no processo de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas na região.
A prisão aconteceu em seu apartamento localizado no bairro Tatuapé, em São Paulo, onde foram apreendidos R$ 1 milhão e 50 mil dólares [aproximadamente R$ 249 mil em conversão atual] em espécie, além de um veículo da marca Audi.
De acordo com o delegado Artur José Dian, ‘Japa’ utilizava várias empresas fictícias para circular o dinheiro ilícito. “Os relatórios financeiros apontam para movimentações milionárias”, disse o delegado.
Três mandados de busca foram expedidos, incluindo uma casa em Bertioga (SP), um escritório virtual empregado por ‘Japa’ nas operações de lavagem de dinheiro, e seu apartamento no Tatuapé.
Relação com ‘Cabelo Duro’
Durante a coletiva, foi revelado que ‘Japa’ era viúva de Wagner Ferreira da Silva, o ‘Cabelo Duro’, com quem teve um filho. Wagner tinha envolvimento com crimes de roubo em marinas de luxo no litoral e suspeita de assassinato de um policial militar, além de estar possivelmente ligado a mortes internas na facção.
Wagner foi executado a tiros de fuzil em frente ao hotel Blue Tree Towers, em São Paulo, aos 32 anos, no ano de 2018.
