Depois de 11 meses de “tortura” na prisão, mendigo foi solto e agora finalmente é inocentado por Moraes

O morador de rua Geraldo Filipe da Silva, de Fortaleza, Ceará, recebeu o primeiro voto de absolvição do ministro relator Alexandre de Moraes desde que iniciaram os julgamentos em setembro do ano passado.

Geraldo não era manifestante e nos últimos tempos estava no Centro POP de Brasília, especializado em população em situação de rua.

Os demais presos que já foram a julgamento receberam penas de 17 anos, 16,5 anos, 14 anos, 13,5 anos, 12 anos e 3,5 anos. Dos 133 julgados até o dia de hoje, 8 de março, todos foram condenados. Se confirmado o voto de Moraes pelos demais ministros, o morador de rua será o primeiro a ser absolvido.

No dia 8 de janeiro, quando Geraldo viu a movimentação na Praça dos Três Poderes ficou muito curioso. Foi ao local, foi preso no gramado e enquadrado no Inquérito 4922. Naquele momento, ele estava descalço, sem celular e não há qualquer indício de que depredou. O laudo da Polícia Federal comprova que nenhuma imagem dele foi identificada nas gravações que justificasse a prisão que durou dez meses.

A informação foi repassada pela advogada de defesa do morador de rua, a Dra. Tanieli Telles de Camargo Padoan. Segundo a advogada, a mãe do Geraldo é cantora, mora no Nordeste e contou que o filho estava desaparecido e todos achavam que estava morto. Foi uma surpresa para ela saber da prisão e de Geraldo estar entre manifestantes conservadores.

Geraldo Filipe da Silva ficou preso no Presídio Papuda até 24 de novembro do ano passado. Além dele, outro indigente do Pará foi preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Por Ana Maria Cemin | Jornalista

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