O ato de entrega teve até direito a festa, com presença de ministro, e foi realizado no último sábado (16), na cidade paranaense de Ponta Grossa.
A propriedade de 633 hectares – ou o equivalente a mais de 600 campos de futebol – foi invadida pelo Movimento dos Sem Terra (MST) em agosto de 2003.
Após todos estes anos, o petista Wellington Dias, atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, entregou, formalmente a posse aos invasores.
O detalhe é que dois anos após a invasão, a Embrapa, então proprietária da fazenda, a vendeu ao Incra, por R$ 5,45 milhões, pagos com títulos da dívida agrária. Mas na atualidade, com a valorização de mais de duas décadas, o local está valendo cerca de R$ 50 milhões.
“É a Embrapa entregando áreas de graça, e, por outro lado, pedindo orçamento para o Parlamento. Pode acabar acontecendo o mesmo em outras fazendas da instituição. Estão premiando os invasores”, disse um pesquisador da Embrapa que preferiu manter seu nome em sigilo, em entrevista concedida ao site de notícias Gazeta do Povo:
A publicação lembra que os sem-terra invadiram outra unidade de pesquisa da Embrapa, em Pernambuco. Os invasores deixaram o espaço depois de dois dias.
A invasão foi classificada como um erro pelo líder do movimento, João Pedro Stédile, em depoimento à CPI do MST. Ele, no entanto, justificou a ação como forma de “chamar a atenção pública”.
Nota da Redação
Esses ‘atos para chamar a atenção’ do MST estão saindo caros para os cofres público… Mas quem paga a conta é o cidadão brasileiro.