Camargo e Ribeiro: como saber quem é deputado de um mandato só e quem chegou para ficar mais tempo

Onde estão enxadristas políticos que atacavam muito, como o ex-deputado do Sintero ou o ex-deputado Hermínio Coelho?

Determinar quem é deputado de um mandato só e quem pode continuar por mais tempo pode ser um pouco difícil de prever. No entanto, certamente, alguns sinais já podem indicar os improváveis a não continuar e as possibilidades daqueles que tem o potencial de permanecer como deputado.

É importante lembrar que, muitos fatores podem influenciar na continuidade de um parlamentar continuar ou não.

Nesse provável víeis, quem há décadas acompanha o xadrez político na Assembleia Legislativa consegue ver com nitidez logo nos primeiros meses quem é o jogador de apenas uma partida, ou no caso o deputado de um mandato só.

No xadrez existe o “Mate do Louco”, aonde a partida termina com apenas dois lances de cada jogador. Pretas vencem. E na Assembleia Legislativa de vez em quando tem aquele que chega dando uma de maluco, achando que conseguirá manter os eleitores cativos, mas depois se arrebenta.

A história está cheia deles. Há os que chegam sem nem entender direito como é a Casa. Há os que chegam achando que são deuses, e decidem trabalhar só no último ano, quando é tarde demais.

Brancas avançam o peão do bispo do rei, uma jogada estranha. Pretas avançam peão do rei

Em uma coisa a maioria dos deputados é igual: a maior parte se acha o deputado mais importante da Assembleia Legislativa, principalmente os recém-chegados. Mas há os que entendem um pouco de xadrez político, há os que posicionam as peças sem partir para um ataque louco, como o jogador com peças brancas que perdeu em dois lances.

Já tivemos na Assembleia gente do Sintero, que hoje não consegue mais se eleger nem a inspetor de quarteirão, depois que o sindicato começou a aplicar golpes nos filiados.

Há o caso de Hermínio Coelho, que sacrificou suas principais peças do tabuleiro atacando o governo. Parecia que ele iria trucidar Confúcio Moura, mas os ataques eram descoordenados. Caiu a dama, que os não enxadristas chamam de rainha, e logo caiu o rei. Isso não tira o fato de Hermínio ser boa pessoa, ter um bom coração, e estar voltando ao xadrez político.

Na atual legislatura, dois deputados com origem na Polícia Civil podem ser comparados. Um deles é falante, e o outro é bem quieto. É verdade que de alguns dias para cá o deputado Camargo tem falado menos, principalmente depois que começou circular a informação da suposta existência de funcionário fantasma em seu gabinete, no caso o pai do ex-vereador de Ariquemes, Rafael é o Fera. Mas o que mais deve ter doído foi a pecha de “inimigo das forças de segurança”. Isso por conta do episódio do PCCS da Polícia Civil.

Brancas avançam peão do cavalo do rei. Movimento sinistro, que deixou o rei desprotegido. Pretas movimentam a dama e dão um xeque indefensável. É mate

O ponto forte do deputado Camargo era pregar moralidade. Nesse sentido ele começou a posicionar as peças dele. Em poucos meses o eleitor começou a ver que a situação não era bem essa, pois peões dobrados travavam o avanço da torre. Não se via a prática em cima do pregador. Ele anunciou teste seletivo para contratação de assessores em seu gabinete, mas depois contratou um primo distante com salário de quase R$ 22 mil. E isso enquanto criticava muita coisa. Peças de xadrez aparentemente mal posicionadas.

De outro lado tem o deputado quieto, que evita embates: Ribeiro do Sinpol. Ele se aproximou do governo, mas nem tanto. O suficiente para ser ouvido e trabalhar pela Polícia Civil, a categoria que o elegeu. Conseguiu ter acesso ao PCCS e trabalhou para atender sua classe. Os policiais civis tiveram o que comemorar.

Para isso inicialmente posicionou as peças no tabuleiro, coordenando os movimentos, mantendo cada peão defendido. Peão é importante. Quando o peão chega na última casa pode ser promovido a dama. Aliado é importante. Com ajuda, aliado pode se eleger vereador e ajudar na reeleição do deputado em dois anos.

Notícias de trabalho atendendo quem não é policial? Nesta semana Ribeiro destinou emenda parlamentar de R$ 1,5 milhão para a saúde e segurança pública do Cone Sul. Atendeu novamente os policiais, e a população de diversos municípios, por tabela. É o resultado de posicionar bem as peças. É por isso que alguns deputados permanecem por diversos mandatos, enquanto outros levam xeque-mate logo de cara.

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