O Serviço de Inteligência Externa da Rússia listou quatro figuras importantes que poderiam substituir Zelensky à frente de Kiev, e disse que o Ocidente está preocupado com as tendências de opiniões públicas na Ucrânia.
Os EUA intensificaram seus esforços para encontrar uma alternativa ao presidente ucraniano Vladimir Zelensky, comunicou na segunda-feira (6) o Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia.
“Os americanos intensificaram os esforços para encontrar uma alternativa ao atual presidente ucraniano. Foram estabelecidos contatos relevantes com o líder do partido Solidariedade Europeia [e ex-presidente ucraniano entre 2014 e 2019 Pyotr] Poroshenko; e [Vitaly] Klichko, prefeito de Kiev. Um trabalho não declarado está sendo realizado com [Andrei] Yermak, chefe do gabinete do presidente ucraniano; [Valery] Zaluzhny, ex-comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia; e [Dmitry] Razumkov, ex-presidente da Suprema Rada”, disse a entidade.
Segundo a declaração, essas pessoas poderiam ser procuradas no caso de uma forte deterioração da situação no front e da necessidade de uma mudança de líder urgente.
“O principal é evitar um aumento crítico no desapontamento dos ucranianos com os fracassos da política pró-ocidental.”
Ao mesmo tempo, indica o SVR, os americanos e europeus gostariam que Zelensky permanecesse em seu cargo por enquanto, já que os esquemas de financiamento da guerra estão ligados a ele. Assim, o Ocidente quereria que os oponentes de Zelensky na Ucrânia “mostrassem moderação”.
Ele acrescentou que, de acordo com as informações recebidas pelo SVR, o Ocidente está extremamente preocupado com a dinâmica do sentimento público na Ucrânia.
“O Departamento de Estado dos Estados Unidos e o Serviço Europeu de Ação Externa afirmam que há uma insatisfação crescente entre os cidadãos ucranianos com o prolongamento interminável do conflito com a Rússia. A desconfiança nas instituições do Estado está crescendo e a apatia está se espalhando rapidamente. O número de deserções e rendições voluntárias nas fileiras das Forças Armadas ucranianas está aumentando”, apontou.