Exportações de carne bovina batem recorde em abril

As exportações brasileiras de carne bovina em abril estabeleceram um novo recorde mensal para o país, mas a oferta interna do produto continou elevada segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Em abril, o Brasil exportou 236,8 mil de toneladas de carne bovina, o maior volume já registrado nas exportações mensais do país, segundo informações compiladas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O volume exportado em abril deste ano foi 77,4% maior que o embarcado em abril de 2023.

O faturamento com as exportações de carne bovina superou US$ 1 bilhão em abril, ante US$ 617,8 milhões no mesmo mês do ano passado.

A China foi o principal destino da carne bovina brasileira em abril, com aquisição de 101 mil toneladas e US$ 454 milhões em receita.

Em segundo lugar, os Emirados Árabes Unidos compraram 23,7 mil toneladas da proteína, gerando receita de US$ 109,7 milhões para a indústria exportadora brasileira.

Hong Kong, o terceiro principal destino, importou 11,3 mil toneladas de carne bovina brasileira, a US$ 36,6 milhões em faturamento.

De janeiro a abril, as exportações brasileiras de carne bovina somaram 835,3 mil toneladas, 37,2% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado, gerando receita de US$ 3,7 bilhões.

Alta disponibilidade interna

O Cepea disse em seu Boletim Agromensal que as exportações recordes em abril deram um alívio para a grande disponibilidade interna da proteína no mercado interno neste ano, mas que o volume de carne disponível continuou elevado no mês passado.

No primeiro trimestre do ano, o Cepea estima que 1,68 milhão de toneladas de carne bovina foram disponibilizadas para o mercado doméstico, 15,1% a mais que no mesmo período do ano passado. Desse total, 592,7 mil toneladas ficaram concentradas no mês de março.

“As exportações de carne no primeiro trimestre deste ano foram recordes, mas, ainda assim, foram insuficientes para equilibrar o mercado doméstico, dado o volume produzido no país no período”, disse o Cepea no Boletim Agromensal de abril.

“É mais oferta num momento em que a renda do brasileiro, por mais que a carne bovina seja desejada, não lhe permite aumentar os pedidos no balcão dos açougues. O impacto chega ao pecuarista, que se queixa fortemente das despesas que têm para produzir a carne.”

O aumento na oferta interna provocou queda nos preços da carne bovina no mercado doméstico no primeiro trimestre. No atacado, a carcaça casada de boi no atacado da Grande São Paulo ficou 8,2% mais barata que no primeiro trimestre de 2023.

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