Após o Brasil vetar o ingresso da Venezuela nos Brics, o regime de Nicolás Maduro comparou Lula Inácio Lula da Silva (PT) a Jair Bolsonaro (PL), e acusou o presidente brasileiro de manter políticas de seu antecessor.
Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo da Venezuela disse ter recebido “respaldo e apoio” dos países que participaram da reunião dos Brics para ingressar no bloco. A entrada, no entanto, foi vetada pelo Brasil sob a liderança do secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia.
“Através de uma ação que contraria a natureza e o postulado dos Brics, a representação da chancelaria brasileira (Itamaraty), liderada pelo embaixador Eduardo Paes Saboia, decidiu manter o veto que Bolsonaro aplicou durante anos à Venezuela, reproduzindo o ódio, a exclusão e a intolerância promovida desde os centros de poder ocidentais para impedir, por enquanto, a entrada da Pátria de Bolíva nesta organização”, disse a chancelaria venezuelana.
Segundo o governo de Nicolás Maduro, o ato é uma “ação que constitui uma agressão contra a Venezuela e um gesto hostil”.
“O povo venezuelano sente indignação e vergonha com esta agressão inexplicável e imoral da chancelaria brasileira (Itamaraty), mantendo o pior das políticas de Jair Bolsonaro contra a Revolução Bolivariana fundada pelo Comandante Hugo Chávez”, disse o Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
Para um novo membro ingressar nos Brics, é necessário o consenso de todos os dez membros do bloco. O governo da Rússia, sede do evento neste ano, informou que 13 países serão convidados para fazer parte do bloco como associados. Os nomes, no entanto, ainda não foram divulgado.
Apesar de Nicolás Maduro ter participado da cúpula do bloco deste ano, e recebido apoio público de Vladimir Putin à entrada da Venezuela nos Brics, a declaração da chancelaria venezuelana deixa claro que o país ficou de fora da lista final de nações que podem entrar no bloco.
-Metropóles