Nem Padre escapa da Polícia Federal em caso que “mira” Bolsonaro

O padre José Eduardo de Oliveira, ligado à diocese de Osasco (SP), prestou depoimento à Polícia Federal sobre os eventos de 8 de janeiro. O religioso está sendo investigado por suposta participação em reuniões que discutiram planos para romper o Estado Democrático de Direito.

De acordo com o inquérito, José Eduardo esteve em uma reunião no Palácio do Planalto, em novembro de 2022, com Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e Amauri Feres Saad, apontado como autor da “minuta golpista”. Martins já foi preso no Paraná, enquanto Saad também é investigado.

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O padre foi alvo de busca e apreensão em fevereiro, e o Supremo Tribunal Federal (STF) impôs medidas cautelares, incluindo a entrega de seu passaporte e proibição de contato com outros investigados.

O advogado do padre, Miguel Vidigal, classifica as acusações como infundadas.

“A intimação é a continuação dos equívocos perpetrados pela investigação”, afirmou em nota.

Ele nega que o religioso tenha participado de qualquer reunião com intuito golpista e considera as acusações uma “ficção”.

Vidigal também argumenta que o padre não possui conhecimento jurídico para elaborar ou contribuir com uma “minuta de golpe”. Segundo ele, José Eduardo está focado em suas funções religiosas e comunitárias.

Em nota, o padre reiterou sua oposição a qualquer ruptura da ordem constitucional.

“A República é laica e regida pelos preceitos constitucionais, que devem ser respeitados”, declarou.

O advogado ainda destacou que a liberdade religiosa do padre está sendo violada, ressaltando que essa garantia é protegida por leis nacionais e tratados internacionais. A defesa confia no arquivamento do inquérito por falta de provas.

Fonte: jco
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