O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu os supersalários de juízes e disse que “o Judiciário não tem nenhuma responsabilidade sobre a crise fiscal” no Brasil.
Na avaliação do ministro, os salários altos são necessários para manter a carreira atrativa e devem ser comparados em relação ao mercado jurídico, e não ao salário mínimo. O ministro falou com jornalistas na noite desta segunda-feira (9) após apresentar um balanço da sua gestão em 2024.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Judiciário custa R$ 132,8 bilhões por ano – o que corresponde a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Perguntado sobre a possibilidade de o Judiciário contribuir com o ajuste fiscal promovido pelo governo federal, Barroso disse que a Justiça brasileira cumpre o teto de gastos instituído em 2017.
“Nos últimos sete anos, o Judiciário não gastou nenhum vintém a mais do que o orçamento que tinha em 2017, corrigido [pela inflação]. De modo que o Judiciário não tem participação nem responsabilidade sobre a crise fiscal brasileira”.
Com jco*