O superintendente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais de Porto Velho foi afastado do cargo por suposto assédio sexual. A decisão foi assinada pelo diretor-presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM/SGBA, Inácio Cavalcante Melo Neto, no dia 23 de dezembro de 2024.
“Conforme as informações do boletim de ocorrência, a funcionária teria denunciado que, na data do fato, estava numa confraternização de fim de ano na sede CPRM – Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, localizada nesta capital, quando o superintendente M. N. teria pedido para dançar com ela, tendo esta aceitado, e, enquanto dançavam, ele teria perguntado se iria rolar alguma coisa entre os dois, ela respondeu que não iria acontecer nada, pois não achava certo pelo fato dele ser casado. A vítima, ao terminar de dançar, foi se sentar. Em outro momento, a funcionária se sentou e esticou as pernas, sendo que M. N teria pedido para massagear as pernas da funcionária, tendo a vítima dito firmemente que não. Mesmo com a negativa da moca, M. N teria passado as duas mãos nas pernas dela, que reagiu empurrando suas mãos. M. N saiu do local e depois retornou e novamente, mais uma vez, passou as mãos nas pernas dela. O fato dessa vez foi presenciado por uma diarista, e mais uma vez ela repeliu com firmeza. A estagiária, quando viu, também pediu para M. N não fazer aquilo. A funcionária sentiu-se constrangida após o episódio, sendo que ficou insustentável sua permanência no trabalho, razão pela qual procurou outro emprego e registrou a ocorrência por medidas criminais e cíveis cabíveis”.
A denúncia contra o superintendente da CPRM/SGB (Serviço Geológico do Brasil), acusado de suposto assédio sexual contra a servidora terceirizada, está sendo investigada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção às Mulheres. O caso ocorreu durante uma confraternização de final de ano no clube social da Superintendência, onde ele teria, supostamente, tocado nas pernas da vítima sem o consentimento dela.
A vítima já conta com uma medida cautelar que impede o superintendente de manter contato ou se aproximar dela a menos de 100 metros. O processo relacionado ao caso está registrado sob o número 7068602-92.2024.8.22.0001.
Além disso, foi solicitada a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), e o superintendente foi afastado de suas funções por 90 dias. Apesar das investigações em andamento, há alegações de que o superintendente, conhecido por seu prestígio junto ao diretor-presidente da SGB, que é marido da senadora Eliziane Gama, estaria sendo protegido por tentativas de abafar o caso.
A Polícia Civil continua apurando os fatos, e o PAD também avaliará as condutas atribuídas ao acusado. A repercussão do caso pode evoluir à medida que as investigações avancem e novas informações vierem à tona.
NOTA OFICIAL
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) trabalha continuamente na promoção de ambientes saudáveis e de respeito entre os gêneros.
Nesse sentido, após ter conhecimento da denúncia envolvendo a Superintendência de Porto Velho, efetuou o afastamento temporário do colaborador acusado para, com isso, proporcionar um ambiente seguro e que garanta total transparência e diligência na apuração de todos os fatos.
Além disso, mesmo não recebendo oficialmente a denúncia, mas tomando conhecimento de medida cautelar, a presidência do SGB enviou imediatamente o processo para as devidas providências das áreas de transparência e compliance da empresa.
Solicitou também uma apuração ampla, total e completa dos fatos, à corregedoria. É importante destacar que o SGB não aceita e repudia qualquer ilação que indique a tolerância com este ou outros casos de descumprimento da Lei.
Serviço Geológico do Brasil
da Redação/CN
