Os números da pesquisa AtlasIntel à Prefeitura de São Paulo, que mostram um avanço do coach Pablo Marçal, deflagraram uma crise na campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Antes mesmo da divulgação das próximas pesquisas da semana, do Datafolha e da Quaest, uma ala da campanha defende uma reformulação da estratégia para fazer frente a Marçal. Atribui-se ao marqueteiro Duda Lima a dificuldade de montar uma campanha forte nas redes sociais, ambiente que o coach domina.
Outros reconhecem que a frase de Jair Bolsonaro sobre Nunes não ser o “candidato dos sonhos” foi muito ruim para o emedebista.
Interlocutores do ex-presidente, porém, já manifestaram que não sentem do entorno do prefeito nenhum gesto na direção de Bolsonaro. Até hoje, por exemplo, o ex-presidente não foi chamado para gravar programas para Ricardo Nunes.
O prefeito já disse à coluna que esperava uma participação mais efetiva e próxima do governador Tarcísio Gomes de Freitas em sua campanha. E quanto a Bolsonaro? “O que me falaram é que Bolsonaro vai ficar mais cuidando das outras cidades do Brasil e o Tarcísio vai acompanhar aqui a campanha mais de cima”, afirmou Nunes após sua convenção, em 3 de agosto.
A propósito, o diagnóstico no entorno de Nunes é semelhante ao feito pela campanha de Guilherme Boulos sobre uma eventual passagem de Pablo Marçal ao segundo turno: o coach não conseguiria bater o deputado do PSol.
Metrópoles