Agro brasileiro caminha para novo recorde em exportações

O resultado segue atrelado ao maior volume embarcado – que aumentou 14,7% –, já que os preços médios em dólar caíram 10%. O milho continua sendo o produto com maior taxa de crescimento nos envios externos – a alta é de 40% no volume embarcado. A soja em grão, por sua vez, se mantém como líder na quantidade exportada. De acordo com pesquisadores do Cepea, além dos produtos do complexo da soja e do milho, o ano tem sido favorável ao setor sucroalcooleiro e às carnes de frango e suína.

Os pesquisadores do Cepea indicam que as economias chinesa e norte-americana têm apresentado boas taxas de crescimento neste ano, o que tem dado suporte à demanda internacional. Do lado da oferta, o Brasil apresentou produção recorde, o que sustentou os bons volumes embarcados. No entanto, diante do crescimento da produção também em outros países relevantes no cenário internacional, os preços caíram ao longo dos nove meses de 2023.

China, Estados Unidos e União Europeia continuam sendo os principais parceiros comerciais do país, com outros importantes mercados que, em grupo, apresentam boa participação, como é o caso dos países da Liga Árabe e os asiáticos – exceto a China.

EXPECTATIVA – Se o setor mantiver o mesmo desempenho do último trimestre de 2022, a receita pode superar o valor de US$ 160 bilhões, o que seria um novo recorde. Para que essa meta seja atingida, é importante que o Real não se valorize muito frente ao dólar norte-americano ao longo dos próximos meses.

Complexo da soja e milho

O complexo da soja é o setor com maior participação nas vendas externas do agronegócio brasileiro e manteve sua importância também nos nove primeiros meses de 2023. A receita externa gerada pelos produtos do complexo contabilizou mais de US$ 56 bilhões, representando 45% de todo valor gerado com as exportações do agronegócio.

Para esse segmento do agronegócio, a China é o maior cliente, e o grão de soja o principal produto, já que o país asiático adquiriu 71% do grão exportado (em termos de valor), outros produtos com grande participação dos chineses são carne suína (36%), bovina in natura (61%) e celulose (47%). A Índia foi o maior comprador do óleo de soja brasileiro nesse período, com participação de 53% no valor gerado com as exportações do produto. Já o farelo de soja é um produto que atende a uma diversidade maior de mercados, em que a Tailândia, Indonésia, Alemanha, Países Baixos e Vietnã foram os principais compradores em 2023.

O bom desempenho desse setor se deve ao crescimento da produção brasileira, que atingiu novo recorde no ciclo 2022/23 – a produção do grão superou as 150 milhões de toneladas (segundo a Conab). Com tamanha disponibilidade, estima-se que 95 milhões de toneladas de soja sejam exportadas no balanço de 2023.

A expansão das exportações de milho nos últimos anos também se deve ao crescente aumento da produção doméstica, que deve ficar em torno de 132 milhões de toneladas em 2023 (segundo a Conab). De janeiro a setembro de 2023, o produto gerou US$ 8,5 bilhões

de receita aos exportadores brasileiros, 27,5% a mais do que no mesmo período de 2022, e superando o valor gerado com as exportações de café, importante produto de exportação do país, e que geraram cerca de US$ 5,6 bilhões no acumulado dos nove meses. Isto porque a quantidade de milho exportada cresceu 40%, enquanto o preço em dólar caiu 9%. Os principais países importadores do milho brasileiro no período de janeiro a setembro foram China, Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Irã.

Source: Jornal do Agro
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