Polêmico, estrategista, homem que deixou uma marca na política externa americana.
Morreu nesta quinta-feira (30), Henry Kissinger.
Ele morreu em sua casa em Connecticut, nos EUA e será enterrado em uma cerimônia familiar privada, seguido posteriormente por um memorial público na cidade de Nova York.
O ganhador do Nobel da Paz em 1973 esteve ativo mesmo após completar 100 anos, participando de reuniões na Casa Branca, publicando um livro sobre estilos de liderança e testemunhando perante uma comissão do Senado sobre a ameaça nuclear representada pela Coreia do Norte.
Os esforços de Kissinger, um refugiado judeu nascido na Alemanha, levaram à abertura diplomática da China, a negociações históricas sobre o controle de armas entre os EUA e a União Soviética, à expansão dos laços entre Israel e os seus vizinhos árabes e aos Acordos de Paz de Paris com o Vietnã do Norte.
O reinado de Kissinger como principal arquiteto da política externa dos Estados Unidos diminuiu com a renúncia de Nixon, em 1974. Ainda assim, ele continuou sendo uma força diplomática sob o presidente Gerald Ford, emitindo opiniões fortes durante o resto da sua vida.
Heinz Alfred Kissinger nasceu em Furth, na Alemanha, em 27 de maio de 1923, e mudou-se para os Estados Unidos com sua família em 1938, antes da campanha nazista para exterminar os judeus.
Anglicizando seu nome para Henry, ele se tornou cidadão americano naturalizado em 1943, tendo servido no Exército na Europa na Segunda Guerra Mundial.
Kissinger foi para a Universidade de Harvard com bolsa de estudos, obtendo um mestrado em 1952 e um doutorado em 1954. Ele fez parte do corpo docente de Harvard por 17 anos.