A Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV) encaminhou ofícios aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), alertando sobre a condição de saúde deteriorada de alguns presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
Esses comunicados, que incluem laudos médicos, mencionam especificamente o coronel Naime e outros detentos, com a Asfav confirmando o recebimento dos documentos pelo STF na terça-feira, 19 de julho.
Um dos casos destacados é o de Claudinei Pego da Silva, um pintor de 48 anos que recentemente tentou o suicídio na prisão da Papuda.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já emitiu um parecer favorável à sua liberdade provisória. Silva, que é pai de quatro filhos, teve sua oficina mecânica fechada devido à prisão, gerando dificuldades financeiras e emocionais para sua família.
A Asfav também mencionou que Silva está sob forte medicação para depressão, destacando a importância do apoio familiar e de amigos em sua situação atual.
Outro caso é o do pastor Jorge Luiz dos Santos, 58 anos, que sofre de uma doença grave necessitando de cirurgia. Assim como Silva, a PGR também recomendou sua liberdade provisória.
O coronel Naime, outra pessoa citada nos documentos, tem comorbidades que colocam sua vida em risco iminente. Recentemente, ele foi hospitalizado com risco de embolia pulmonar.
A associação está tentando evitar outra tragédia como a que aconteceu com Cleriston da Cunha, o Clezão.
Antes da morte, a defesa de Clezão pediu liberdade a Moraes e citou parecer favorável da PGR favorável à soltura. No entanto, o pedido de soltura não foi analisado.
O que aconteceu com “Clezão” é algo extremamente triste e revoltante que mostra o que as pessoas presas pelo 8 de janeiro estão sofrendo até hoje