Ricardo Luis Picolotto, apelidado de R7, foi preso no Paraguai sob suspeita de ser um dos maiores traficantes de armas do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A prisão ocorreu em uma operação conjunta da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), do Ministério Público paraguaio e da Polícia Federal brasileira.
Picolotto, natural do Paraná, também é acusado de traficar armas e maconha para o Comando Vermelho. Durante a operação que resultou em sua captura, nove pessoas foram mortas em confronto com as autoridades e outras nove foram presas, incluindo dois brasileiros.
A Polícia Federal informou que Picolotto transportava armas para a Bolívia de avião e, em seguida, elas eram levadas ao Brasil por via terrestre para serem distribuídas entre membros do PCC e do Comando Vermelho.
Foragido desde fevereiro de 2020, R7 é investigado por tráfico de drogas e armas. A Senad também suspeita de sua associação com Felipe Santiago Acosta Riveros, apelidado de Macho, que comanda um violento grupo criminoso inspirado em cartéis mexicanos.
A Operação Ignis, que resultou na prisão de Picolotto, apreendeu fuzis, munições e uma metralhadora capaz de derrubar aeronaves, além de destruir uma pista de pouso usada para o tráfico de armas.
No esconderijo de Picolotto, foram encontrados coletes à prova de balas, radiocomunicadores e documentos falsos. A ação ocorreu em Salto del Guairá, região fronteiriça sensível e estratégica para o tráfico internacional.